Muitos ateus têm saído “do armário”, ou seja, se assumem como tais — um ato de coragem em uma sociedade marcadamente religiosa.
No dia-a-dia, esses ateus (ou parte deles) sofrem rejeição em várias escalas de parentes, amigos e colegas de trabalho.
Esse é o caso de Natanael Silveira, professor de português em Chapinha (MA), cidade de 80 mil habitantes.
As pessoas passam a ter uma opinião negativa dele quando ficando sabendo que é ateu, afirma Silveira.
O resultado é que Silveira é prejudicado profissionalmente.
A agnóstica ateia Priscilla Bittencourt, que mora em uma cidade de 2 milhões de pessoas, Manaus (AM), diz que sofre intolerância de sua própria mãe.
Para não piorar a situação, a designar evita conversar na família sobre sua descrença e religião.
O relacionamento da designer de interiores mineira Thaís Destefani (foto) com sua mãe não é tão tenso. Depois de muita conversa, a jovem conseguiu que sua mãe a aceitasse como ateia.
Mas nem tanto, porque "aceitar e compreender ainda não andam de mãos dadas".
Thais agora está tentando obter a "compreensão" do seu namorado (católico), que acha ser "besteira" essa coisa de não acreditar em Deus.
O analista de marketing digital Wellyngton Coelho diz que gosta conversar sobre crença e descrença, mas está difícil, porque na maioria dos casos ele é insultado.
Quando o preconceito é manifestado por um juiz, a vida de um ateu pode ser afetada de maneira dramática.
Daniel Sottomaior, presidente da Atea (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos), afirma que pais, em caso de divórcio, não conseguem obter a guarda dos filhos quando o juiz pergunta se são religiosos, para qualificá-los (ou não) como boas pessoas.
Por ser ateu, “você pode perder um emprego, pode ser lançado ao ostracismo pela própria família", diz Sottomaior.
Quando o preconceito é manifestado por um juiz, a vida de um ateu pode ser afetada de maneira dramática.
Daniel Sottomaior, presidente da Atea (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos), afirma que pais, em caso de divórcio, não conseguem obter a guarda dos filhos quando o juiz pergunta se são religiosos, para qualificá-los (ou não) como boas pessoas.
Por ser ateu, “você pode perder um emprego, pode ser lançado ao ostracismo pela própria família", diz Sottomaior.
Thaís não é compreendida sequer por seu namorado |
Com informação do Uol e foto de arquivo pessoal.