por Mário Magalhães
Um dos prefeitos que entregaram a Deus o futuro de suas cidades, Josias Quintal (foto) tem história.
Reeleito para governar Santo Antônio de Pádua (RJ), ele editou nesta semana o primeiro decreto do segundo mandato: ''Fica entregue a DEUS o destino do Governo deste Município no período de 1º de janeiro de 2017 a 31 de dezembro de 2020″. Não se esqueceu de revogar as disposições em contrário.
Quintal é coronel reformado
da Polícia Militar. Foi secretário estadual de Segurança do Rio em dois
períodos, nas administrações Rosinha e Anthony Garotinho.
Na década de 1970, oficial da PM, o hoje prefeito serviu numa das unidades do Destacamento de Operações de Informações espalhadas pelo país.
O DOI era o mais violento órgão de repressão política da ditadura que vigorou de 1964 a 1985.
Seus agentes sequestravam, torturavam, matavam e desapareciam com os corpos de opositores, ferindo até a legislação da ditadura.
Controlado pelo Exército, o DOI também agrupava agentes de outras corporações, como a PM.
Quando seu passado no DOI foi descoberto, o coronel confirmou-o, mas disse que jamais torturara. Contou que era analista de informações.
O Grupo Tortura Nunca Mais denunciou-o numa relação de torturadores. Quintal voltou a negar participação em atos violentos contra presos.
O tempo passou, e o coronel fez carreira política depois do fim da ditadura.
No decreto do dia 1º, Josias Quintal não esclareceu se os eleitores devem se queixar, em caso de frustração, ao prefeito ou a alguma entidade divina.
Esse texto foi publicado originalmente no blog de Mário Magalhães.
Envio de correção.
Grupo de discussão no WhatsApp.
Alckmin dá à escola nome de pastor ue apoiou ditadura militar
Um dos prefeitos que entregaram a Deus o futuro de suas cidades, Josias Quintal (foto) tem história.
Reeleito para governar Santo Antônio de Pádua (RJ), ele editou nesta semana o primeiro decreto do segundo mandato: ''Fica entregue a DEUS o destino do Governo deste Município no período de 1º de janeiro de 2017 a 31 de dezembro de 2020″. Não se esqueceu de revogar as disposições em contrário.
Quintal está em uma lista de torturadores |
Na década de 1970, oficial da PM, o hoje prefeito serviu numa das unidades do Destacamento de Operações de Informações espalhadas pelo país.
O DOI era o mais violento órgão de repressão política da ditadura que vigorou de 1964 a 1985.
Seus agentes sequestravam, torturavam, matavam e desapareciam com os corpos de opositores, ferindo até a legislação da ditadura.
Controlado pelo Exército, o DOI também agrupava agentes de outras corporações, como a PM.
Quando seu passado no DOI foi descoberto, o coronel confirmou-o, mas disse que jamais torturara. Contou que era analista de informações.
O Grupo Tortura Nunca Mais denunciou-o numa relação de torturadores. Quintal voltou a negar participação em atos violentos contra presos.
O tempo passou, e o coronel fez carreira política depois do fim da ditadura.
No decreto do dia 1º, Josias Quintal não esclareceu se os eleitores devem se queixar, em caso de frustração, ao prefeito ou a alguma entidade divina.
Esse texto foi publicado originalmente no blog de Mário Magalhães.
Envio de correção.
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Alckmin dá à escola nome de pastor ue apoiou ditadura militar