Para cristãos, Trump lidera uma nova Cruzada |
O papa do padre Augusto Bezerra não é Francisco, mas Trump.
O sacerdote está entusiasmado com o presidente dos Estados Unidos porque, conforme ele escreveu na rede social, agora os cristãos estão “de volta ao topo da pirâmide internacional para desfazer o trabalho sujo do materialismo ateu e toda espécie progressista”.
Não se trata de um padre qualquer.
Bezerra é um dos assessores mais influentes de dom Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro.
Paulo Ricardo é outro padre ultraconservador brasileiro adorador de Trump, embora Francisco tenha feito duras críticas ao americano.
Trump nem é muito religioso, mas seu ideário coincide com “valores cristãos”, como submissão das mulheres, rejeição ao aborto, não aceitação do casamento gay, fim do Estado laico, etc.
O padre Bezerra é jovem, mas ele usa um termo antigo — “materialismo ateu” —, da época da Guerra Fria.
Nas décadas de 1960 e 1970, os comunistas eram apontados como “materialistas ateus” e de comedores de crianças, em duplo sentido.
De lá para cá, o mundo mudou muito, e hoje em dia os comunistas são poucos e se descobriu que os verdadeiros comedores são padres.
Nas décadas de 1960 e 1970, os comunistas eram apontados como “materialistas ateus” e de comedores de crianças, em duplo sentido.
De lá para cá, o mundo mudou muito, e hoje em dia os comunistas são poucos e se descobriu que os verdadeiros comedores são padres.
Para os ultraconservadores católicos como Bezerra, Francisco é liberal demais, porque, entre outras coisas, ele teve a audácia de permitir que os divorciados comunguem.