Consolida-se a contaminação da política pela religião |
A Assembleia de Deus já colheu 300 mil assinaturas para lançar o PRC (Partido Republicano Cristão), que terá candidatos já nas eleições de 2018.
Faltam 186 mil assinaturas para que o partido possa ser registrado, o que ocorrerá nas próximas semanas, considerando que a Assembleia de Deus é a maior igreja evangélica do Brasil.
Dos 42 de evangélicos apurados pelo Censo 2010, 30% seguem a Assembleia de Deus.
O objetivo do partido é defender a “família tradicional”, de acordo com o deputado Ronaldo Fonseca (Pros-DF), articulador do PRC e seu presidente provisório.
Ou seja, a agenda do partido será a mesma da AD, embora o Brasil seja laico, ao menos em tese.
Assim, o PRC vai combater a luta dos homossexuais pela igualdade, o direito que a mulher deveria ter assegurado em decidir sobre o aborto e outros itens do moralismo evangélico.
O lançamento do PRC reforça a contaminação da política pela religião.
Isso ocorre em um momento em que os partidos tradicionais não sabem de onde virá o dinheiro para financiar suas campanhas eleitorais, já que as empresas não mais poderão fazê-lo, nem pelo caixa 2, porque a operação Lava Jato fechou o cerco sobre corruptos e corruptores.
Já os partidos da religião, como o PRB (da Igreja Universal), PSC e agora PRC, poderão contar com o dízimo dos fiéis, embora, a rigor, isso também seja ilegal.
Com informação da Folha de S.Paulo.
Envio de correção.
Verdades absolutas da religião são incompatíveis com a política
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