A postura das lideranças evangélicas na sociedade brasileira não é de conciliação, porque elas adotaram uma “narrativa contra elementos sociais identificados como inimigos da ordem, da Bíblia”.
Trump e evangélicos estão em guerra contra inimigos da 'ordem' |
A conclusão é de Christina Vital, antropóloga da Universidade Federal Fluminense e coautora do livro "Religião e Política: Medos Sociais, Extremismo Religioso e as Eleições 2014".
Para ela, está claro que os evangélicos almejam ter cada vez mais poder político.
O marco inaugural desse projeto, disse, é o livro “Plano de poder”, lançado em 2008 pelo bispo Edir Macedo, da Igreja Universal.
Vital vê semelhança entre o discurso de presidente americano Donald Trump (na ilustração) com o de líderes evangélicos.
Em ambos os casos há a exploração de uma “retórica da perda, de um passado que precisa ser recuperado”, como no slogan de campanha de Trump “faça América ser grandiosa de novo”.
De acordo com a estudiosa, os políticos evangélicos pregam, por exemplo, a volta da época em que os homossexuais não saíam do armário para exigir igualdade de direitos. Do tempo em que as mulheres se conformavam com os dogmas religiosos que impedem o aborto.
Vital prevê que a bancada evangélica no parlamento vai continuar a crescer, considerando que a população de evangélicos se mantém em ascensão.
Mas, já a partir das próximas eleições, afirmou, os políticos evangélicos vão ter de moderar seus discursos, de modo a não perder votos daqueles que se aliam aos “inimigos”.
Com informação da Folha de S.Paulo e de outras fontes.
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