Vilma chegou a ser internada, mas não resistiu à queimadura |
Ao ser preso pela Polícia Nacional da Nicarágua, o pastor Juan Gregório Rocha, 24, da Assembleia de Deus, disse que colocou uma mulher na fogueira por ordem divina.
“Deus disse que ia tirar aquele espírito maligno dela e mandou acendermos uma fogueirinha para expulsar o demônio.”
Vilma Trujillo García (foto), 25, mãe de duas filhas, morreu em um hospital de Manágua com queimadura em 85% do seu corpo.
A polícia prendeu Rocha e outros quatro religiosos no dia 28 de fevereiro de 2017, na comunidade El Cortezal, na cidade de Rosita. Entre eles, há duas mulheres.
Todos são acusados de homicídio.
O pastor nega ter matado Vilma porque, nas palavras dele, “quando o Espírito Santo saiu do corpo dela, ela caiu na fogueira”.
Contudo, de acordo com testemunhas, os religiosos despiram Vilma, amarram suas mãos e a jogaram no fogo, para expulsar o demônio.
Em seguida, a mulher foi atirada em um barranco.
O marido de Vilma — Reynaldo Peralta, que tinha ido a outra comunidade, onde mora sua mãe — disse que sua mulher procurou os pastores da Assembleia de Deus para ser curado de uns desmaios que vinha sentindo ultimamente.
O crime deixou os nicaraguenses estarrecidos.
A escritora Gioconda Belli, por exemplo, afirmou que esse assassinato não pode ficar impune, porque uma mulher foi “queimada como nos piores tempos da Inquisição e da caça às bruxas”.
Com informação e foto de sites da Nicarágua.
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