do Deutsche Welle
Cientistas da Universidade de Potsdam, na Alemanha, solucionaram o mistério sobre um fóssil encontrado por Charles Darwin em 1834 na Patagônia, que até hoje ainda não havia sido enquadrado em nenhuma família e foi objeto de debate durante quase dois séculos.
Segundo estudo publicado pela revista científica Nature Communications, as macrauquênias, descritas então por Darwin como "diferentes de tudo" e pertencentes a uma das espécies mais enigmáticas já vistas na Terra, têm parentesco com os atuais cavalos, rinocerontes e tapires.
O mistério da macrauquênia (Macrauchenia patachonica) foi resolvido através de análises genéticas realizadas pela equipe liderada pelo especialista em paleogenética alemão Michael Hofreiter.
O novo estudo realizado em cooperação com o Museu Americano de História Natural, nos Estados Unidos, joga luz sobre um dos ungulados (mamíferos que têm cascos ou patas nas extremidades) da América do Sul, que viveu durante a última glaciação.
Em 1834, Darwin encontrou os primeiros fósseis desse animal no Uruguai e na Argentina, e os passou a um amigo seu, o renomado paleontólogo britânico Richard Owen, que ficou desconcertado pela combinação incomum de características do animal, que impedia de estabelecer suas relações evolutivas.
Uma de suas características mais extraordinárias era a posição das aberturas nasais, que, ao contrário da maioria dos mamíferos, não ficava logo acima dos dentes frontais, mas entre os olhos, o que poderia indicar a presença de uma tromba, como os elefantes, ou de narinas que se abrem e fecham como a de focas.
Durante dois séculos, biólogos e taxonomistas discutiram sobre a família do animal, que pesava 400 a 500 quilos, vivendo em paisagens abertas e se alimentando de grama e folhas.
A macrauquênia viveu até o pleistoceno tardio, entre 20 mil e 11 mil anos atrás.
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