Em hospitais há voluntários que entram de quarto em quarto para rezar pela recuperação dos pacientes.
Se os pacientes gostam disso, tudo bem.
Tire as mãos daí, Jesus! |
Mas existem exceções, como eu.
Na minha penúltima internação, algumas senhoras católicas entrando no quarto, sem bater, já rezando um pai-nosso.
Senti-me constrangido, mas me contive. Não disse que sou ateu e que, portanto, não acredito em orações, macumbas e simpatias.
Procuro ser educado, principalmente com senhoras.
Mas se elas tivessem aparecido ali como funcionárias do hospital, e não como voluntárias, eu as teria interrompido e pediria uma explicação para à direção.
O propósito dos hospitais é tratar de pacientes com o uso de conhecimentos científicos e por profissionais capacitados para tal, e não com orações, magias e evocações a deuses.
Por que digo essa obviedade?
Porque, pelo que li no “O Globo”, está se firmando uma tendência de grandes hospitais contratarem religiosos para cuidar espiritualmente dos pacientes, como membros de equipes interdisciplinares.
Um desses religiosos é um ex-ateu que atua como capelão ecumênico no Hospital Paulistano, de São Paulo.
Ao jornal, ele disse: “Ajudo a entender o diagnóstico do paciente sob a luz da crença dele”.
Existe diagnóstico científico à luz de crença? Isso é possível? Claro que não.
A Santa Casa de Santos (SP) também tem capelão ecumênico.
O Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo) vai contratar em breve um religioso.
O Inca (Instituto do Câncer), do Rio, tem um capelão há dez anos.
Aníbal Gil Lopes, da Comissão de Novos Procedimentos em Medicina, do Conselho Federal de Medicina, admite estar havendo uma mudança de paradigma.
Se contratassem mais psicológicos para confortar os pacientes mais impactados emocionalmente, os hospital não precisariam deturpar a sua natureza.
Reconheço, repito, que muitos pacientes se sentem melhor achando que pode obter ajuda de um pai celeste, de alguém que pode interferir nas leis da natureza.
Que esses paciente orem ou que chamem alguém, um sacerdote, ou que abram a porta aos voluntários, para se sentirem confortados.
Eu só acho que as instituições de caráter científico não devem navegar nas águas ilusórias do sobrenatural.
O Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo) vai contratar em breve um religioso.
O Inca (Instituto do Câncer), do Rio, tem um capelão há dez anos.
Aníbal Gil Lopes, da Comissão de Novos Procedimentos em Medicina, do Conselho Federal de Medicina, admite estar havendo uma mudança de paradigma.
Se contratassem mais psicológicos para confortar os pacientes mais impactados emocionalmente, os hospital não precisariam deturpar a sua natureza.
Reconheço, repito, que muitos pacientes se sentem melhor achando que pode obter ajuda de um pai celeste, de alguém que pode interferir nas leis da natureza.
Que esses paciente orem ou que chamem alguém, um sacerdote, ou que abram a porta aos voluntários, para se sentirem confortados.
Eu só acho que as instituições de caráter científico não devem navegar nas águas ilusórias do sobrenatural.
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