Integrante da polícia da religião |
A sharia são leis que, com base no Corão, impõem regras de comportamento moral a muçulmanos.
No Brasil, militantes evangélicos, sob a inspiração da Bíblia, estão impondo sua sharia à sociedade.
Contra o que julgam ser ofensa à Bíblia, eles têm realizado blitzes, como se compusessem uma polícia religiosa, a exemplo do existe em países islâmicos.
Os fatos recentes são estes:
Um evangélico do MBL (Movimento Brasil Livre) fez uma blitz em uma exposição de arte “profana” em Porto Alegre e conseguiu fechá-la.
No Mato Grosso do Sul, deputados cristãos convenceram a Polícia Civil a apreender um quadro sob a acusação de que ele promove a pedofilia, embora tal obra de Alessandra Cunha Ropre seja um libelo contra o abuso sexual de crianças.
Em Jundiaí (SP), um juiz cancelou liminarmente a peça “O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu” a pedido de fundamentalistas cristãos porque, para eles, Jesus não pode ser representado por um transexual e mostrado como tal. A peça já tinha sido apresentada em outras cidades.
No Rio, traficantes evangélicos [um deles na foto acima] atacam terreiros de umbanda e candomblé, destruindo “imagens de Satanás”.
Nesse caso, a intolerância religiosa é acompanhada por ameaça à integridade física de quem não professa a mesma religião.
A imposição da sharia evangélica não está se dando de um dia para outro.
Trata-se de um processo complexo que ocorre há anos, em um crescendo.
Entre outras coisas, esse processo envolve um empobrecimento cultural, um retrocesso no respeito aos direitos humanos, a pregação de ódio por pastores, o recrudescimento do fanatismo religioso e o descaso das autoridades para com o Estado laico.
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