"Mediar é divino" |
O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) tem habilitado pastores, padres e outros sacerdotes como mediadores judiciais.
O conselho dá cursos para que os religiosos atuem como juizes em problemas de divórcio, guarda de filhos, dívidas, causas trabalhistas e por aí vai.
Em um país cuja Constituição diz que o Estado é laico, isso simplesmente é o fim da picada.
Mediações extrajudiciais são sempre bem-vindas e devem ser estimuladas, para desafogar a Justiça.
Mas a Justiça decreta a falência da Constituição quando habilita pastores para tal tarefa, afirmam em artigo os advogados Guilherme Prescott Mônaco, Amanda Marcatti e Isa Penna.
Concordo.
O CNJ diz que prepara os pastores de forma que os dogmas religiosos não interfiram na mediação, como se isso fosse possível.
O órgão acha que somos estúpidos, só pode ser.
É óbvio que os pastores não se manterão "judicialmente neutros", por assim dizer, quando estiverem mediando causas envolvendo homossexualidade ou acusação de adultério, por exemplo.
O pior é que os pastores estão se formando em “juízes” já há algum tempo.
O CNJ copiou a ideia do Tribunal de Justiça de Goiás, que desde 2016 mantém o programa “Mediar é Divino”.
Outros tribunais estaduais estão fazendo a mesma coisa.
Devagar, a passos furtivos, o Brasil caminha para um regime teocrático.
Com informação do site do CNJ e de outras fontes.
Projeto da Universal é tomar o poder em 'interesse de Deus’
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