Pluralidade do ensino religioso |
A aprovação do ensino religioso confessional pelo Supremo Tribunal Federal indignou juristas e professores.
Luis Felipe Miguel, professor de ciência política na UnB, disse que, em um Estado laico, tal disciplina “é uma excrescência”
“Se as famílias e as igrejas querem dar educação doutrinal às suas crianças, que o façam em seus próprios espaços.”
Márcio Sotelo Felippe, procurador do Estado de São Paulo, disse que os tempos são “sombrios”, porque o Supremo enterrou “séculos de conquistas iluministas, de avanços no processo civilizatório”.
Renan Quinalha, doutor em direito, disse que a decisão do STF é “um absurdo”, porque permite que religiões se apropriem do espaço público da escola para propagar sua própria fé.”
“Considerando o contexto atual, isso se torna ainda mais grave.”
Alexandre Melo Franco Bahia, professor de direito constitucional na Universidade Federal de Ouro Preto, afirmou que a decisão ofende o direito e a inteligência dos brasileiros.
“Como um Estado laico pode atuar de forma confessional? Em que mundo isso faz sentido?”
Eloísa Machado, doutora em Direito Constitucional, tem o mesmo ponto de vista.
“A decisão do STF é um grande retrocesso”, disse.
“Assumir a confessionalidade do ensino, além afetar profundamente a lógica do que deve ser a educação pública, laica e inclusiva, abre espaço para uma infinidade de outros problemas. É inadmissível, por exemplo, que os escassos recursos públicos sustentem a doutrinação religiosa nas escolas.”
Joice Berth, militante feminista: “Essa decisão é mais uma assunção de racismo por parte do nosso sistema judiciário, pois sabemos que não será ensino religioso de maneira abrangente e democrática, será sim um esquema de doutrinação neopentecostal, uma imposição de pensamento evangélico, já que essa é uma bancada que só cresce dentro de todas as estruturas políticas.”
Ela resumiu: “Trevas”.
Com informação de Justificando.
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Comentários
Até ela nessa obseção crônica por racismo, além da grande imprensa.
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