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Islâmicos não querem que Estado Islâmico seja chamado de Estado Islâmico


Bandeira do Estado Islâmico

 A exemplo de entidades muçulmanas de vários países, a Fambras (Federação das Associações Muçulmanas do Brasil) pediu à imprensa que não chame o Estado Islâmico de Estado Islâmico. 

A federação quer, assim, que o grupo terrorista Estado Islâmico seja dissociado do Islã, de modo a evitar discriminação aos muçulmanos.

A entidade sugere que o Estado Islâmico seja chamado de Daesh.

Trata-se de uma sigla árabe de al-Daula al-Islamiya al-Iraq wa Sham, que significa (adivinhe?) “Estado Islâmico do Iraque e Levante”.

Ou seja, a Fambras quer substituir o nome “Estado Islâmico” por uma sigla que inclui o Estado Islâmico, como se, assim, o Estado Islâmico deixasse de ser o Estado Islâmico.

Em diferentes momentos o Estado Islâmico já foi chamado também de ISIS, sigla em inglês que significa “Estado Islâmico do Iraque e Síria”.

Outra sigla em inglês do Estado Islâmico é ISIL, que significa (adivinhe, de novo?) “Estado Islâmico do Iraque e do Levante”.

O próprio Estado Islâmico não se opõe em ser chamado de Estado Islâmico. Até porque o objetivo desses terroristas islâmicos é ter um Estado Islâmico. 


Chamar o Estado Islâmico de Estado Islâmico tem estigmatizado, sim, muçulmanos de todo o mundo.

Mas fazer o quê?

Além do mais, não é intencional.

Este site, por exemplo, chama o Estado Islâmico de Estado Islâmico sem intenção de discriminar os muçulmanos, mas tão somente os integrantes do Estado Islâmico.

A adoção da sigla do Estado Islâmico não resolve o problema, porque tudo mundo continuará sabendo da existência do Estado Islâmico.

Até porque, para fazer uma comparação, quase mil anos depois todo mundo sabe que as Cruzadas foram um “estado islâmico” cristão, que só em maiores proporções.

É por isso que, nesse texto, contando com o título, escrevi de propósito 27 vezes “Estado Islâmico”. Aliás, 28.

(Foi uma brincadeirinha, gente. Não leve a mal.) 




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