Jornal só convidou religiosos para debate |
A jornalista Suzana Singer, de Treinamento e Seminários da Folha de S.Paulo, disse a ombudsman do jornal que não convidou ateu para discutir o papel das religiões na crise brasileira porque não estaria em questão o Estado laico. Ela chamou apenas quatro religiosos.
Não, Suzana. Não.
O Estado laico não é do interesse só dos ateus, mas de todos os brasileiros, crentes ou não. Ele consta da Constituição.
Suzana, a crise do Brasil é tão ampla que nenhum tema deve ser interditado, ao menos na cabeça de organizadores de debate.
Além do mais, hoje em dia, e isso em todo o mundo, não dá para discutir religiões sem falar em Estado laico.
E o "outro lado" [da questão], que é obrigatório no jornalismo?
Na lógica da jornalista, suponho, só incendiários devem participar de um debate sobre incêndio, sem representante do Corpo de Bombeiros.
Paula Cesarino Costa, a ombudsman, publicou a explicação de Suzana no dia 27 de agosto de 2017.
A ombudsman informou que recebeu uma “onda” de queixas estimuladas pela Atea (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos).
O debate se realizou no dia 29 daquele mês. Chocho, ele só foi noticiado pela Folha porque se tratou de um evento do jornal.
Pelo relato do jornal, um dos principais temas do encontro foi (adivinhe, leitor?) o Estado laico.
O rabino Michel Schlesinger, da Congregação Israelita Paulista, resumiu o debate: o Estado laico é “uma conquista preciosa”.
Por essa, Suzana não esperava.
Com informação da Folha de S.Paulo.
Religiosos não entendem que Estado laico beneficia a todos
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