Igreja Católica lucra com tabaco desde do século 16 |
O Vaticano vinha obtendo lucro anual de US$ 11 milhões com a venda de cigarros a empregados e aposentados em seu supermercado e loja.
Foi preciso que o papa Francisco proibisse a venda para que essa cifra se destacasse na imprensa. Ela consta de um documento do Vaticano vazado em 2015.
Os funcionários compravam em grande quantidade cigarros para terceiros por causa dos preços abaixo da concorrência, porque não fazia sentido o Vaticano cobrar imposto dele mesmo.
A Santa Sé só acrescentava no preço o lucro.
Francisco determinou a proibição porque, disse, a Igreja não pode se dedicar a uma atividade que prejudica a saúde das pessoas.
Registra-se, com ironia, que a Igreja demorou para tomar conhecimento de uma verdade provada e comprovada.
Na estimativa da Organização Mundial de Saúde, morrem por ano 7 milhões de pessoas por causa de problemas decorrentes do tabaco.
Em 1642, o papa Urbano VIII já tinha proibido o consumo de tabaco.
Mas ele não foi levado a sério por fiéis, sacerdotes e pela própria hierarquia da Igreja.
Nos séculos 16 e 17, havia padres que fumavam charutos, inclusive durante orações. Eles adquiram o hábito dos nativos de territórios catequizados. Uma vingança (involuntária) dos indígenas.
A Igreja Católica lucrava com o tabaco desde aquela época.
Padres, principalmente jesuítas, administravam grandes plantações de tabaco na América Central e do Sul, com destaque para o Brasil. Eles exportavam a maior parte da produção.
O Vaticano, agora, perdeu receita com o veto aos cigarros. Mas talvez ele possa obter uma compensação com aumento nas vendas de produtos como vinhos, licores e equipamentos eletrônicos, cujos preços também não contêm o IVA (Imposto sobre Valor Acrescentado).
Com informações de sites internacionais e de outras fontes.
Livro na Índia mostra Jesus com cigarro e cerveja nas mãos
A responsabilidade dos comentários é de seus autores.
Comentários
Postar um comentário