Cavalo de Troia |
Enquanto a sociedade discute as consequências da decisão do Supremo de legalizar o ensino religioso confessional, a Igreja Universal se infiltra sorrateiramente em escolas.
Mancomunada com o bispo licenciado da Igreja e prefeito Marcelo Crivella (PRB), a Universal está usando o pretexto (leia-se esperteza) da prestação de serviço para se divulgar dentro de escolas municipais do Rio.
Ela tem oferecido à população assistência médica, jurídica e religiosa, no que chama pomposamente de "Grande Ação Social".
Quem pode ser contra essa ajuda aos pobres, já que o Estado não cumpre o seu dever?
De princípio, ninguém.
Mas a pergunta a ser feita, no caso, é por que a Universal não usa seus templos (são centenas, milhares) para demonstrar o quanto é bondosa?
Alguns templos custaram milhões de reais e todos eles foram levantados com recursos arrecadados com isenções tributárias.
Se a Universal desse o atendimento em seus templos, ela não estaria fazendo mais do que sua obrigação.
Seria uma forma de devolver à população um mínimo do valor de impostos que deixa de pagar.
A verdade é esta: a Universal está se enfiando nas escolas porque tem o interesse de obter mais fiéis (e, portanto, dizimistas), indo a novos lugares, para marcar a sua presença. Fazer que potenciais fiéis se desloquem e entrem em seus templos é mais difícil.
O que a Igreja tem feito é marketing rasteiro ao custo da desmoralização do Estado laico já enfraquecido.
Vai dizer “amém!”, Ministério Público?
Com foto de divulgação.
Universal investe para obter o monopólio da fé nos presídios
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