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Evangélico tem crise existencial por não ser o 'escolhido'


Jeová escolheu um único povo

Tenho a impressão de que os evangélicos, principalmente os pentecostais, sofrem de crise existencial porque gostariam de ser judeus de Jerusalém — o povo escolhido por Deus.


É por isso que os evangélicos americanos estão em êxtase com a decisão do presidente Trump de transferir a embaixada do país de Tel Aviv para Jerusalém.

É por isso que evangélicos brasileiros também querem a transferência.

A seita que se formou em torno de Jesus era composta por judeus.

Quem incluiu os gentios na turma foi o apóstolo Paulo, mas o Velho Testamento continua valendo e está lá que Deus fez um pacto com um único povo, o de Israel.


Os evangélicos, acho, têm um sentimento dúbio: creem que fazem parte do povo escolhido, por conta de Paulo, mas sabem que, verdadeiramente, não descendem de Abraão, com quem Jeová selou o acordo.

Daí a razão pela qual os pentecostais, no fundo, gostariam de ser judeus porque querem ter a garantia de que vão subir ao Céu na volta de Jesus, em Jerusalém.

Alguns pastores, como Edir Macedo, chegam a usar símbolos e indumentárias do judaísmo.

Talvez esses evangélicos acreditem que, caso o Brasil transfira sua embaixada para Jerusalém, Jesus, em seu retorno, resolva dar uma passadinha lá, para prestigiá-los.

Do ponto de vista de um ateu, toda essa história de povo escolhido, reino de Deus, volta de Jesus e transferência de embaixada para Jerusalém é muito louca.

Com o devido respeito, é coisa de gente que não bate bem da cabeça.




Maçonaria não me quer, nem eu a aceito

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