Lojas da rede distribuíram cartilha homofóbica |
Em cumprimento à laicidade de Estado, empresas não podem impor oração a seus funcionários, mesmo aos que seguem a mesma religião dos empresários, de acordo com uma decisão judicial de 2014.
A fanatismo religioso dos donos do Hirota está prejudicando o êxito de um empreendimento no difícil e competitivo setor de supermercados.
A rede de 15 lojas está sob os holofotes da imprensa e rede social não por causa de sua excelência no atendimento ou bons preços, mas por distribuir aos clientes uma cartilha homofóbica de autoria de um pastor.
Entre outras intolerâncias, a cartilha diz que o casamento gay “é um erro, uma paixão infame, uma distorção da criação”.
Por coerência, o Supermercado Hirota deveria rejeitar como clientes os homossexuais, para não ter de receber o dinheiro dessas “distorções”, “monstros”.
Sob a mira do Ministério Público, Hirota suspendeu a distribuição da cartilha e pediu desculpas a quem se sentiu ofendido, o que inclui o casal de mulheres que denunciou o panfleto na rede social.
Os fanáticos acham que são donos da verdade, eles não têm dúvidas, não conseguem enxergar pela perspectiva do outro, querem salvar o mundo de acordo com suas convicções e crendices.
Por isso, para os donos do Hirota, deve ter sido uma surpresa a reação da sociedade ao seu discurso religioso.
Até agora, pelo que se sabe, eles não se colocaram em público como “cristãos vítimas de perseguição”.
A suspensão da distribuição da cartilha da intolerância não livra o supermercado de ser acionado por clientes na Justiça por preconceito e divulgação de ódio.
Funcionários que se sentem constrangidos pela imposição do pai-nosso também poderão recorrer judicialmente contra a empresa, porque a liberdade de crença é um direito constitucional.
O Supermercado Hirota deve agradecer não a Deus, mas ao casal lésbico que o denunciou no Facebook.
Graças a isso, Hirota foi chutado para século 21, o da diversidade, mas o supermercado terá ainda de mostrar que aprendeu a lição.
Porque, afinal, são poucos os casos de fanáticos que se curvam ao bom senso.
No caso do Hirota, ele ainda mantém em sua página comercial na internet transcrições da Bíblia, misturando crença com negócio.
As religiões excluem quem não segue seus livros sagrados, quem não venera o seu “Deus verdadeiro”, mesmo que elas preguem que a sua divindade ama a todos (só que não, como se sabe).
No negócio de varejo é diferente.
Empresários que investem no sectarismo e ofendem clientes por motivo religioso deveriam abrir uma igreja, não um supermercado.
Os fanáticos acham que são donos da verdade, eles não têm dúvidas, não conseguem enxergar pela perspectiva do outro, querem salvar o mundo de acordo com suas convicções e crendices.
Por isso, para os donos do Hirota, deve ter sido uma surpresa a reação da sociedade ao seu discurso religioso.
Até agora, pelo que se sabe, eles não se colocaram em público como “cristãos vítimas de perseguição”.
A suspensão da distribuição da cartilha da intolerância não livra o supermercado de ser acionado por clientes na Justiça por preconceito e divulgação de ódio.
Funcionários que se sentem constrangidos pela imposição do pai-nosso também poderão recorrer judicialmente contra a empresa, porque a liberdade de crença é um direito constitucional.
O Supermercado Hirota deve agradecer não a Deus, mas ao casal lésbico que o denunciou no Facebook.
Graças a isso, Hirota foi chutado para século 21, o da diversidade, mas o supermercado terá ainda de mostrar que aprendeu a lição.
Porque, afinal, são poucos os casos de fanáticos que se curvam ao bom senso.
No caso do Hirota, ele ainda mantém em sua página comercial na internet transcrições da Bíblia, misturando crença com negócio.
As religiões excluem quem não segue seus livros sagrados, quem não venera o seu “Deus verdadeiro”, mesmo que elas preguem que a sua divindade ama a todos (só que não, como se sabe).
No negócio de varejo é diferente.
Empresários que investem no sectarismo e ofendem clientes por motivo religioso deveriam abrir uma igreja, não um supermercado.
Jornalista da Folha acha que Estado laico é coisa só de ateus
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