Livro teria sido escrito por católico conservador |
para Il Fatto Quotidiano
Esse é o resumo da obra, que tem como subtítulo “A história secreta do papado mais tirânico e sem escrúpulos dos tempos modernos”: Francisco seria um “político manipulador e um hábil promotor de si mesmo” desde os tempos da Argentina, onde teria gostado dos métodos do autocrata Perón.
Resultado: “Por trás da máscara do afável homem do povo, o Papa Francisco consolidou a sua posição de ditador que governa com o medo e fez alianças com os elementos mais corruptos do Vaticano para evitar e reverter as reformas que se esperavam dele”. Algo realmente superficial.
A notícia do livro foi relançada com entusiasmo pelos mais conhecidos sites tradicionalistas italianos e também por blogueiros vaticanos que nunca compartilharam a revolução franciscana.
Os conteúdos, “fruto de estreitos contatos” com alguns cardeais, referem-se a várias questões que animaram a propaganda da direita clerical e “farisaica”, para usar um termo caro ao pontífice: a rebelião curial contra a Amoris laetitia sobre a abertura aos divorciados; os rebeldes na Ordem de Malta, na Pontifícia Academia para a Vidae nos Franciscanos da Imaculada.
Quanto ao foco do texto, porém, chama a atenção a coincidência com a clamorosa e contraditória entrevista concedida ao Corriere della Sera pelo suposto número um do fronte antibergogligano: o cardeal alemão Gerhard Müller, removido em julho da liderança da Congregação para a Doutrina da Fé (a ex-Inquisição). Müller nega a contraposição, mas fala de “possível” cisma e de “círculo mágico” que mal aconselha Francisco.
E, no livro, como exemplo do clima de “medo” e de “suspeita recíproca” dominante na Cúria, citam-se os três colaboradores de Müller, substituídos com base em “conversas privadas” que teriam beneficiado aqueles que as denunciaram ao “círculo mágico”.
Com tradução de Moisés Sbardelotto para IHU Online.
Devoto de dogmas medievais, papa Francisco é mais perigoso que Ratzinger
Igreja Católica do Brasil tem menos pedófilos do que outras?
Populismo do papa Francisco está enganando muita gente
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