Igreja quer que familiares se reencontrem no Paraíso |
A informação é da ex-mórmon Helen Radkey, que continuava tendo acesso a uma área restrita do site de genealogia da Igreja [https://www.familysearch.org/].
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias batiza falecidos — é a única que faz isso — para que toda a família de seus fiéis se reencontre no Paraíso.
O batismo é feito “por procuração” em qualquer templo da igreja no mundo, ficando registrado nos computadores na sede dos mórmons, nos Estados Unidos, Utah.
A imprensa noticiou pela primeira vez a existência dos batismos de mortos nos anos 1990, quando Radkey vazou que a informação de que mórmons tinham submetido ao rito centenas de vítimas de Holocausto.
Comunidades de judeus reclamaram argumentando que muitos de seus ascendentes já tinham passado pelo trauma da conversão forçada ao cristianismo.
Na época, dirigentes da Igreja Mórmon pediram desculpas, prometendo vetar o procedimento e cancelar o batizado.
Mas a prática continuou.
Radkey descobriu que, nos últimos cinco anos, pelo menos 20 vítimas do Holocausto foram batizadas.
De novo, a Igreja prometeu apagar os registros, embora líderes da religião argumentem que o batismo póstumo não torne ninguém automaticamente em mórmon, cabendo ao falecido a decisão de ficar ou não com seus parentes no Paraíso.
Na lista dos batizados postumamente estavam ou estão, entre outros, Gandhi, papa João Paulo II, Anne Frank, Humphrey Bogart e Marilyn Monroe.
Radkey foi excomungada por causa das revelações, mas ela já tinha deixado a Igreja, em meados de 1970, por acreditar que a crença das pessoas deve ser respeitada, mesmo de quem morreu.
A página de genealogia dos mórmons é a melhor no gênero.
Aberta ao público, qualquer um pode ali registrar seus ascendentes e descendentes.
Alguns brasileiros ali listados suspeitam que eles e seus ancestrais foram batizados por procuração.
Eles, contudo, não se importam com isso.
Com informação de sites internacionais e de Paulopes.
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