Universal teria uma rede ilegal de adoçõess |
por Samuel Silva
para o jornal português Público
Os filhos das duas filhas de Edir Macedo, que lidera a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), terão sido roubados de um lar para crianças que o movimento religioso manteve em Lisboa durante os anos 1990. Depois disso, foram adotados, de forma irregular, no Brasil.
Segundo a investigação da estação de televisão, que deu origem à série informativa “O Segredo dos Deuses”, vários menores entregues por famílias portuguesas com dificuldades financeira ao lar da IURD alimentaram durante anos uma rede internacional de adoções ilegais liderada por dirigentes daquele culto.
O Lar Universal era parte da obra social da IURD e funcionou, durante os anos 1990, em Lisboa. Segundo a investigação da TVI, as crianças “eram entregues diretamente no lar, à margem dos tribunais, por famílias em dificuldades”. Depois disso, desapareciam e “acabavam no estrangeiro”, adotadas de forma irregular.
Os netos de Edir Macedo seriam provenientes desta rede, que também enviou crianças para adoção para outros bispos e pastores.
Além de homem-forte da IURD, Macedo é também proprietário da TV Record e dono de uma fortuna avaliada pela revista Forbes em cerca de 850 milhões de euros.
A reportagem da TVI conseguiu identificar dezenas de famílias portuguesas a quem os filhos terão sido “roubados” e que pela primeira vez falam publicamente sobre a situação.
A reportagem da TVI conseguiu identificar dezenas de famílias portuguesas a quem os filhos terão sido “roubados” e que pela primeira vez falam publicamente sobre a situação.
Os jovens teriam sido depois levados para o estrangeiro, sobretudo para o Brasil, onde a Universal tem sede, e os EUA, onde o seu líder, Edir Macedo, vive atualmente, e onde o culto se instalou no final dos anos 1980.
Conta também a série informativa da TVI, assinada pelas jornalistas Alexandra Borges e Judite França que investigaram a história durante os últimos sete meses, que um “importante membro” desta rede chegou mesmo a “roubar um recém-nascido à mãe na maternidade” e registá-lo diretamente, como seu filho biológico, lê-se num comunicado emitido por aquele canal de televisão.
Com imagem meramente ilustrativa.
Universal rebate a acusação de que faz tráfico de crianças
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