Um ícone da fake news |
O Face partiu para uma medida extrema: dará menos visibilidade às postagens de notícia, privilegiando as conversas entre os amigos de rede social.
A guerra às fake news já é uma guerra perdida porque há uma grande zona cinzenta entre as fake news, propriamente ditas, e a distorção da verdade, porque esta sempre poderá ser apresentada como um “um ponto de vista”.
Cito um exemplo: divulga-se com frequência que o mundo civilizado começou com o cristianismo, há 2.000 anos, com a pregação de valores como a igualdade e o amor ao próximo.
Ora, em tese, qualquer estúpido que já tenha ouvido sobre os filósofos gregos sabe que a civilização, como expressão do pensamento, começou séculos antes de Cristo. Até antes dos filósofos.
Siddhartha Gautama, o fundador do budismo no século VI antes de Cristo, já falava em amor ao próximo.
Portanto, dizer que a história da civilização começa com o cristianismo é uma fake news imune aos filtros dos algoritmos.
Como exemplo de distorção da verdade destaco uma pesquisa feita no Reino Unidos segundo a qual 25% dos ateus rezam quando estão em dificuldade.
Se eles rezam, não são ateus, assim como “cristãos” que não creem em Cristo não são cristãos.
Fake news e distorção da verdade, com a roupagem de “opinião” ou não, sempre existiram e sempre existirão. E a religião é um terreno fértil desse tipo de coisa. A própria crença é uma fake news que pegou.
A única solução é ter senso crítico.
Fake news diz que americano matou 27 por ser militante ateu
A responsabilidade dos comentários é de seus autores.
Comentários
Postar um comentário