Pular para o conteúdo principal

Ex-diácono belga matou pelo menos dez com injeção de ar


Poope pode ter
matado muito mais

por Raphaelle  d'Yvoire
para La Croix Internacional

A lista de acusações contra o ex-diácono Ivo Poppe (foto), que é acusado de causar a morte pelo menos dez pessoas, incluindo sua mãe, é de arrepiar a espinha de qualquer um.

Casado e pai de três filhos, Poppe trabalhou como enfermeiro durante 30 anos em um hospital em Menen [mapa], na região de Courtrai, perto da fronteira francesa.

Após sua ordenação como diácono em Wevelgem, na Bélgica ocidental, em 1996, foi trabalhador pastoral até 2011.


Em 2013, Poppe consultou um psiquiatra, queixando-se de insônia. Ele disse que já não conseguia lidar com o fato de ter, por “boa fé”, acabado com o sofrimento de até 100 pacientes injetando ar em suas veias.

Depois, um segundo psiquiatra, mais experiente, denunciou-o às autoridades.

Já na prisão desde maio de 2014, Poppe admitiu, durante uma investigação a pelo menos 50 mortes suspeitas, que ele havia terminado o sofrimento de dois pacientes e quatro parentes, incluindo sua mãe e seu sogro.

No entanto, negou tê-los "assassinado”.

O cardeal Jozef DeKesel, de Malinas-Bruxelas, que foi bispo de Bruges, disse na época que estava "decepcionado” com os supostos assassinatos e prometeu "plena cooperação" das autoridades católicas.

Em janeiro de 2017, o Ministério Público de Gent decidiu enviar Poppe a julgamento perante o Tribunal de Assizes, em um processo extraordinário que é reservado para os casos mais graves.

Quantos assassinatos o "diácono da morte", como a mídia belga passou a chamá-lo, tinha em sua consciência?

E qual era o estado psiquiátrico de Poppe depois de trabalhar por tanto tempo como enfermeiro?

A imprensa flamenga caracterizou-o como um homem de dupla personalidade. Por um lado, havia o "bom e velho Ivo", um homem sempre preocupado em fazer o bem.


Por outro, havia a personalidade sedenta por poder, que não estava satisfeito com a responsabilidade de padre pela paróquia onde trabalhava.

No primeiro dia de seu julgamento, em 22 de janeiro, Poppe deu uma estimativa do número de vítimas.

Havia entre "dez e vinte, vinte, no máximo", disse perante o tribunal. "São números aproximados... É uma ordem de grandeza”.

"Eu queria acabar com o sofrimento dessas pessoas. Elas já não estavam vivendo", disse.

Poppe também admitiu que nenhum de seus pacientes pediu para que ele encurtasse sua vida. Também expressou arrependimento por seus atos.




Veja por que Maomé matou 25 de suas centenas de vítimas

A responsabilidade dos comentários é de seus autores.


Comentários

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Veja 14 proibições das Testemunhas de Jeová a seus seguidores

Dawkins é criticado por ter 'esperança' de que Musk não seja tão estúpido como Trump

Seleção de vôlei sequestrou palco olímpico para expor crença cristã

Título original: Oração da vitória por Daniel Sottomaior (foto) para Folha de S.Paulo Um hipotético sujeito poderoso o suficiente para fraudar uma competição olímpica merece ser enaltecido publicamente? A se julgar pela ostensiva prece de agradecimento da seleção brasileira de vôlei pela medalha de ouro nas Olimpíadas, a resposta é um entusiástico sim! Sagrado é o direito de se crer em qualquer mitologia e dá-la como verdadeira. Professar uma religião em público também não é crime nenhum, embora costume ser desagradável para quem está em volta. Os problemas começam quando a prática religiosa se torna coercitiva, como é a tradição das religiões abraâmicas. Os membros da seleção de vôlei poderiam ter realizado seus rituais em local mais apropriado. É de se imaginar que uma entidade infinita e onibenevolente não se importaria em esperar 15 minutos até que o time saísse da quadra. Mas uma crescente parcela dos cristãos brasileiros não se contenta com a prática privada: para

TJs perdem subsídios na Noruega por ostracismo a ex-fiéis. Duro golpe na intolerância religiosa

Veja os 10 trechos mais cruéis da Bíblia

Condenado por estupro, pastor Sardinha diz estar feliz na cadeia

Pastor foi condenado  a 21 anos de prisão “Estou vivendo o melhor momento de minha vida”, diz José Leonardo Sardinha (foto) no site da Igreja Assembleia de Deus Ministério Plenitude, seita evangélica da qual é o fundador. Em novembro de 2008 ele foi condenado a 21 anos de prisão em regime fechado por estupro e atentado violento ao pudor. Sua vítima foi uma adolescente que, com a família, frequentava os cultos da Plenitude. A jovem gostava de um dos filhos do pastor, mas o rapaz não queria saber dela. Sardinha então disse à adolescente que tinha tido um sonho divino: ela deveria ter relações sexuais com ele para conseguir o amor do filho, e a levou para o motel várias vezes. Mas a ‘profecia’ não se realizou. O Sardinha Jr. continuou não gostando da ingênua adolescente. No texto publicado no site, Sardinha se diz injustiçado pela justiça dos homens, mas em contrapartida, afirma, Deus lhe deu a oportunidade de levar a palavra Dele à prisão. Diz estar batizando muita gen

Proibido o livro do padre que liga a umbanda ao demônio

Padre Jonas Abib foi  acusado da prática de  intolerância religiosa O Ministério Público pediu e a Justiça da Bahia atendeu: o livro “Sim, Sim! Não, Não! Reflexões de Cura e Libertação”, do padre Jonas Abib (foto), terá de ser recolhido das livrarias por, nas palavras do promotor Almiro Sena, conter “afirmações inverídicas e preconceituosas à religião espírita e às religiões de matriz africana, como a umbanda e o candomblé, além de flagrante incitação à destruição e ao desrespeito aos seus objetos de culto”. O padre Abib é ligado à Renovação Carismática, uma das alas mais conservadoras da Igreja Católica. Ele é o fundador da comunidade Canção Nova, cuja editora publicou o livro “Sim, Sim!...”, que em 2007 vendeu cerca de 400 mil exemplares, ao preço de R$ 12,00 cada um, em média. Manuela Martinez, da Folha, reproduz um trecho do livro: "O demônio, dizem muitos, "não é nada criativo". (...) Ele, que no passado se escondia por trás dos ídolos, hoje se esconde no

Santuário Nossa Senhora Aparecida fatura R$ 100 milhões por ano

Basílica atrai 10 milhões de fiéis anualmente O Santuário de Nossa Senhora de Aparecida é uma empresa da Igreja Católica – tem CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) – que fatura R$ 100 milhões por ano. Tudo começou em 1717, quando três pescadores acharam uma imagem de Nossa Senhora no rio Paraíba do Sul, formando-se no local uma vila que se tornou na cidade de Aparecida, a 168 km de São Paulo. Em 1984, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) concedeu à nova basílica de Aparecida o status de santuário, que hoje é uma empresa em franca expansão, beneficiando-se do embalo da economia e do fortalecimento do poder aquisitivo da população dos extratos B e C. O produto dessa empresa é o “acolhimento”, disse o padre Darci José Nicioli, reitor do santuário, ao repórter Carlos Prieto, do jornal Valor Econômico. Para acolher cerca de 10 milhões de fiéis por ano, a empresa está investindo R$ 60 milhões na construção da Cidade do Romeiro, que será constituída por trê

Psicóloga defende Feliciano e afirma que monstro é a Xuxa

Marisa Lobo fez referência ao filme de Xuxa com garoto de 12 anos A “psicóloga cristã” Marisa Lobo (foto) gravou um vídeo [ver abaixo] de 2 minutos para defender o pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP) da crítica da Xuxa segundo a qual ele é um “monstro” por propagar que a África é amaldiçoada e a Aids é uma “doença gay”. A apresentadora, em sua página no Facebook, pediu mobilização de seus fãs para que Feliciano seja destituído da presidência da Comissão de Direitos Humanos e das Minorias da Câmara. Lobo disse que “monstro é quem faz filme pornô com criança de 12 anos”. Foi uma referência ao filme “Amor Estranho Amor”, lançado em 1982, no qual Xuxa faz o papel de uma prostituta. Há uma cena em que a personagem, nua, seduz um garoto, filho de outra mulher do bordel. A psicóloga evangélica disse ter ficado “a-pa-vo-ra-da” por ter visto nas redes sociais que Xuxa, uma personalidade, ter incitado ódio contra um pastor. Ela disse que as filhas (adolescentes) do pastor são fãs