'A fé nos tartufos é extraordinária' |
Em entrevistas e artigos, o historiador e escritor Leandro Karnal subiu o tom de suas críticas a líderes religiosos.
“Quando vejo falas e observo discursos de certos líderes religiosos hoje, atolados em escândalos, vejo como um farol sobre a rocha o slogan “picareta” brilhando no horizonte. Está na testa deles e delas, reluz com acrílico e néon coruscante: ‘Eu sou um enganador!’”.
Karnal se impressiona com o fato de esses líderes terem seguidores, embora não sejam bons atores.
“[Esses líderes religiosos] possuem aquele riso sardônico, um esgar do lábio, um olho dissimulado e uma teatralidade excessiva como a que Sartre denunciou no garçom do romance 'A Náusea'.”
Karnal cita a peça 'Tarturfo' (Le Tartuffe ou l’imposteur), de Molière (1622-1673), para expor a hipocrisia desses líderes religiosos e explicar a origem e o significado da palavra "tartufo".
“A peça é um dedo na ferida da hipocrisia em si, da manutenção da vida dupla, do uso de máscaras sociais.”
“[...] O impostor tem a consciência absoluta de que não acredita no que ensina e, malgrado isso, mantém todas as aparências para obter os benefícios do cargo”.
“[...] O impostor tem a consciência absoluta de que não acredita no que ensina e, malgrado isso, mantém todas as aparências para obter os benefícios do cargo”.
E, no entanto, “a fé nos tartufos é extraordinária e um mistério.”
Karnal afirma que quem entender bem a peça de Molière talvez vote um pouco melhor nas próximas eleições.
Com informação do Estado de S.Paulo e de outras fontes e foto de divulgação.
Karnal afirma que quem entender bem a peça de Molière talvez vote um pouco melhor nas próximas eleições.
Com informação do Estado de S.Paulo e de outras fontes e foto de divulgação.
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