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Porta dos Fundos quer que entidade que o acusou pague custas de R$ 1 milhão


Hitler
no céu
católico

O grupo Porta dos Fundos pediu à Justiça o arquivamento do processo que o Centro Dom Bosco, com sede no Rio de Janeiro, move contra ele e que essa instituição católica pague as custas do processo e honorários por agir de má-fé.

Em 2017, Dom Bosco deu entrada a uma ação por danos morais porque  no vídeo “Céu Católico” [ver abaixo] o grupo de humor colocou Hitler no Céu por ele ter se arrependido de seus pecados.

Dom Bosco acusou Porta dos Fundos de intolerância contra a fé católica.



Por isso, embora seja uma instituição “sem fins lucrativos”, Dom Bosco requereu indenização de R$ 5 milhões, o que, na época, correspondia a R$ 1 para cada acesso ao “Céu católico”.

Levando em conta que, de lá para cá, mais pessoas acessaram o vídeo, por causa até da repercussão do caso, a indenização teria de ser reajustada para R$ 6,4 milhões.

Porta dos Fundos nega que o seu propósito tenha sido o de ofender os católicos.

Ao contestar a ação junto a 46ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o escritório de advocacia que representa Porta dos Fundos afirmou que as religiões fazem parte dos temas abordados pelo grupo de humor, não havendo, portando, nenhuma deliberação persecutória em relação ao catolicismo.

Os advogados lembraram, nesse sentido, que o grupo, valendo-se da liberdade de expressão, produziu também vídeos como “Psicografia”, com o tema espírita, “Roupa Adequada”, “Fofoqueiras” e “Moda”, que fazem humor com roupas típicas do islamismo.

Os vídeos “Bíblia”, “Salvador”, “Disse Jesus”, Saldão” e “Demônio” se inspiraram na religião evangélica, acrescentaram os advogados de defesa.

“Ogum” se refere à Umbanda e “Deus” retrata uma suposta divindade de uma tribo da Polinésia.



Porta dos Fundos, segundo seus advogados, estranhou o valor de indenização porque Dom Bosco partiu do pressuposto de que todos que viram o vídeo se sentiram ofendidos, o que não faz sentido.

Além disso, chamou a atenção dos advogados do grupo o fato de o Dom Bosco ter sido constituído formalmente mais de um mês depois de o vídeo ter sido postado no Youtube, em 8 de outubro de 2016.

“Ou seja, a Autora [da ação] pleiteia a indenização decorrente de um fato ocorrido antes mesmo de sua constituição.”

Além disso, argumentaram os advogados, Dom Bosco não representa legalmente a Igreja Católica.

Como não cometeu nenhum ilícito, Porta do Fundos quer que Dom Bosco seja condenado ao pagamento das custas e honorários, em 20% do valor da causa, o que dá R$ 1.000.000 sobre a indenização que consta na petição inicial.

Vídeos citados na contestação





















Juiz recusa acusação de Feliciano contra Porta dos Fundos

A responsabilidade dos comentários é de seus autores.


Comentários

O Fantasma disse…
Esse povo é desonesto e mesquinho... Já que deus não existe pra se defender das piadas, eles tentam arrancar dinheiro dos comediantes. E depois conseguem dizer que são uma organização sem fim lucrativo.
Unknown disse…
Boa
Dapaz disse…
Cada um na sua ! Isso é falta do que fazer! Deixe quem quer fazer humor , fazer. Se não gosta , não veja e vá procurar algo útil , cumpra o seu papel o melhor possível , ajude alguém e pare de querer tornar o país mais atrasado do que já é !
Anônimo disse…
Só um esclarecimento: honorários de sucumbência não é multa. Toda vez que alguém é vencido em uma demanda civil, esse tem obrigação de pagar as custas do processo e honorários ao ADVOGADO da outra parte. Esses honorários, segundo novo código de processo, deve(riam) ser fixados em percentual entre 10% e 20% do valor da causa (ou da condenação, quando quem perde é o réu).
Esse dinheiro não é multa, não vai pro Porta dos Fundos e (minha opinião pessoal) nenhum juiz vai dar 1 milhão de Reais pra um advogado.
Paulo Lopes disse…
Agradeço o esclarecimento e já corrigi o texto.
AspenBH disse…
Já que os católicos dessa organização se sentiram tão ofendidos ao ver Hitler no céu, por que diabos não pressionam a Igreja Católica a finalmente excomungar o sujeito? Enquanto o padre Beto foi expulso e excomungado em menos de um mês por ousar defender o casamento entre pessoas do mesmo sexo, até hoje a ICAR ainda não conseguiu ver nada de errado no comportamento de seu fiel Adof Hitler - que na época era exaltado como Campeão da Fá Cristã.
EDUARDO BANKS disse…
Atenção: além dos honorários, que são do advogado da parte que vencer (e não da parte), o "Porta dos Fundos" TAMBÉM pediu a condenação do "Centro Dom Bosco" em litigância de má-fé, que também chega a 20% do valor da causa e tem o caráter de multa, e realmente reverte para o "Porta dos Fundos", segundo os artigos 80 e 81 do Código de Processo Civil. Se o "Centro Dom Bosco" perder, terá que pagar DOIS milhões de reais, sendo um milhão para os advogados do "Porta" e um milhão para os próprios comediantes.
Excomunhão é pra quem tá vivo, é uma medida disciplinar, não uma terceirização do poder condenatório divino. Gostaria de saber onde você viu e comprovou que a Igreja nunca encontrou nada de errado em Hitler. E, se bispos o apoiaram na época, isso não entra como opinião canônica de uma igreja. A igreja abomina as ações de Hitler.
EDUARDO BANKS disse…
A Igreja Católica jamais condenou formalmente o nazismo, e o máximo que fez Pio XII foi emitir uma censura a certos excessos dos regimes totalitários. Bem, sejamos sóbrios, para não descambarmos em nenhum equívoco. O cristianismo, seja ele católico ou protestante, não é radicalmente incompatível com o fascismo, seja o italiano ou o alemão. No caso dos seguidores de Mussolini, estes eram muito católicos e não se misturavam com as seitas esotéricas que infestavam o regime nazista. Foi Mussolini o "homem providencial" (isto é, vocacionado pela Providência Divina) para remediar a "Questão Romana" que indispunha a Igreja com o Reino da Itália desde a Unificação. O fascismo cresceu à sombra do magistério católico. Isso, por outro lado, não implica em dizer que o cristianismo seja nazi-fascista. Concluir isso seria açodado. Centremo-nos no caso específico de Adolph Hitler. A doutrina católica proíbe dizer que alguém (identificado) está "no inferno". Se de um lado os "santos" são as almas que a Igreja sabe estarem no Céu, a identidade dos que vão para o Inferno é oculta de todos como um mistério. Com isso, se Hitler estiver no Inferno, jamais o saberemos, porém ele pode - assim como Judas - estar realmente no Céu. Agora, se o estiver, não seria por um mero "arrependimento" sem o propósito de emenda, mas por alguma particularidade que somente Deus saberia. Por exemplo, se Hitler era louco, não poderia ser mau, e suas ações seriam neutras moralmente e não constituiriam sequer "pecados" veniais. E como ele era batizado, iria da Terra ao Céu sem passar pelo purgatório. Cada vez que alguém acusa Hitler de "loucura", está a absolvê-lo de todos os seus atos perante qualquer juízo moral. Assim, mesmo sem acreditar em Deus ou na imortalidade da alma, é possível inocentar Hitler, e ainda reprovando tudo o que ele fez. Os atos bárbaros do nazismo, se praticados por alguém em seu juízo perfeito, constituem imoralidades graves, e jamais poderiam ser aprovados, porém a responsabilidade individual de quem os pratica pode ser mitigada ou até anulada.
Anônimo disse…
👍

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