Maria Firmino registrou B.O.; há suspeita de proselitismo |
A Escola de Educação Infantil e Fundamental Tarcila Cruz de Alencar, de Juazeiro do Norte (CE) [mapa abaixo], afastou a professora de história Maria Firmino (foto), 42, dos alunos após ela ter dado aula sobre religiões de matriz africana.
Designada para serviços burocráticos, Firmino, que segue uma dessas religiões, acusa a direção da escola, servidores, pais e alunos de intolerância religiosa.
De acordo com B.O. da professora na polícia, no dia em que ela deu a aula, em 20 de abril de 2018, três estudantes manifestaram descontentamento, com suposta simulação de mal-estar.
Depois, na rua, parentes de alunos gritaram para a professora ‘sai Satanás’, ‘vou pegar essa feiticeira’ e ‘ninguém pode mais do que Deus’.
Trata-se de bordões típicos de evangélicos neopentecostais.
Mãe de uma ex-aula teria dito que a religião da professora é 'demoníaca', conforme está relatado o B.O.
A Secretaria da Educação de Juazeiro diz não ter sido informada de nada, mas a professora afirma que a titular da pasta, Maria Loreto, teve uma reunião com a direção da escola para tratar do assunto.
Se a professora se valeu da obrigatoriedade de falar sobre "patrimônio material, imaterial e natural de matriz africana”, de acordo com o currículo escolar, para proselitismo de sua religião, ela deveria ter sido advertida pela direção da escola para que respeitasse a laicidade de Estado.
Mas, se fosse uma professora evangélica ou católica fazendo pregação, provavelmente nada teria acontecido com ela.
Professores impõem suas crenças em escolas laicas
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