Forçado a se demitir por denunciar padre pedófilo, detetive é indenizado 50 anos depois na Austrália
Ryan: 'Penso nas vítimas que sofreram mais do que eu' |
para La Repubblica
Denis Ryan (foto), ex-detetive australiano que cinquenta anos atrás foi forçado a pedir demissão da Polícia em Victoria [mapa abaixo], Austrália, porque tentou levar à justiça um padre pedófilo, receberá uma indenização décadas depois dos acontecimentos.
Tudo aconteceu por causa das investigações que Ryan conduziu sobre a vida dupla de monsenhor John Day, um padre católico que abusou de menores no Mallee.
Denis Ryan (foto), ex-detetive australiano que cinquenta anos atrás foi forçado a pedir demissão da Polícia em Victoria [mapa abaixo], Austrália, porque tentou levar à justiça um padre pedófilo, receberá uma indenização décadas depois dos acontecimentos.
Tudo aconteceu por causa das investigações que Ryan conduziu sobre a vida dupla de monsenhor John Day, um padre católico que abusou de menores no Mallee.
O detetive sofreu forte pressão de seus superiores, a ponto de se convencer de que era melhor deixar a polícia. Ele perdeu o emprego, teve sérios problemas em família, mas agora, de acordo com a informação da rede Abc, o homem de 86 anos chegou a um acordo com o Governo do Estado de Victoria.
"Não creio que jamais me sentirei vingado", explica ele. "Eu só penso nas vítimas, que sofreram muito mais do que eu."
Conforme relatado por Vernon Knight, que conduziu as negociações em nome de Ryan, o detetive será indenizado com o pagamento de um valor estipulado.
"Não creio que jamais me sentirei vingado", explica ele. "Eu só penso nas vítimas, que sofreram muito mais do que eu."
Conforme relatado por Vernon Knight, que conduziu as negociações em nome de Ryan, o detetive será indenizado com o pagamento de um valor estipulado.
"Denis tem 86 anos - ele explica - e quer viver o resto de sua vida tentando recuperar aquela dignidade que lhe foi negada."
"Ele foi crucificado porque fez o seu trabalho tentando proteger as crianças e porque tratou de pedir a condenação dos responsáveis."
Nos anos que se seguiram à demissão, Ryan conseguiu um emprego como empacotador de frutas. Mais tarde ele se tornou prefeito do condado de Mildura e tentou expor o papel que os mais elevados oficiais da Polícia de Victoria desempenharam para encobrir o monsenhor pedófilo.
Nos anos que se seguiram à demissão, Ryan conseguiu um emprego como empacotador de frutas. Mais tarde ele se tornou prefeito do condado de Mildura e tentou expor o papel que os mais elevados oficiais da Polícia de Victoria desempenharam para encobrir o monsenhor pedófilo.
Em 2015 o próprio Ryan testemunhou perante a Comissão Real, que chegou à conclusão de que, sem dúvida, o detetive saiu da polícia por causa da pressão sofrida devido à sua investigação.
A Polícia de Victoria oficialmente se desculpou com Ryan em 2016, mas o peso das velhas omissões continuou a pesar sobre ele.
"Acredito que muitos daqueles que na época eram crianças tiveram suas vidas destruídas", diz o próprio Ryan.
"Acredito que muitos daqueles que na época eram crianças tiveram suas vidas destruídas", diz o próprio Ryan.
"Gerald Ridsdale, outro conhecido pedófilo, teria sido capturado pela polícia se tivessem me escutado, mas não o fizeram. Eles foram fiéis a uma catedral, mas não ao povo de Victoria, que haviam jurado solenemente proteger".
Igreja da Austrália admite que padres abusaram de 600 crianças
TJs da Austrália acobertam mais de mil casos de pedofilia
A responsabilidade dos comentários é de seus autores.
Comentários
Postar um comentário