Milenar opressão da Igreja às mulheres na perdeu status na Irlanda |
por Barbara Wesel
por Deutsche Welle
Foi uma vitória tão convincente que lágrimas de alegria escorreram pelos rostos de ativistas na Irlanda. Depois de alguns dias tensos, em que o resultado do referendo parecia estar na corda bamba, veio um desfecho devastador.
Foi uma vitória tão convincente que lágrimas de alegria escorreram pelos rostos de ativistas na Irlanda. Depois de alguns dias tensos, em que o resultado do referendo parecia estar na corda bamba, veio um desfecho devastador.
A maioria esmagadora dos irlandeses votou por remover da Constituição a proibição quase total do aborto. E assim caiu um dos últimos bastiões de um sistema de opressão que subjugou mulheres na Irlanda durante séculos.
Elas alcançaram o que há muito já é normalidade no restante da Europa: o direito de as mulheres decidirem se se sentem aptas a ter um filho ou não. E o direito à assistência médica no próprio país em caso de problemas na gravidez, sem ter que viajar para o Reino Unido, como fizeram mais de cem mil irlandesas nos últimos anos.
Com esse referendo, a Igreja Católica na Irlanda perdeu sua última batalha.
Elas alcançaram o que há muito já é normalidade no restante da Europa: o direito de as mulheres decidirem se se sentem aptas a ter um filho ou não. E o direito à assistência médica no próprio país em caso de problemas na gravidez, sem ter que viajar para o Reino Unido, como fizeram mais de cem mil irlandesas nos últimos anos.
Com esse referendo, a Igreja Católica na Irlanda perdeu sua última batalha.
Nas últimas duas décadas, à medida que mais e mais casos de abuso por parte de padres e religiosos vieram à tona, cada vez mais irlandeses se afastaram da Igreja e de seus ensinamentos.
Tornaram-se conhecidos horrores em abrigos católicos para crianças, onde meninos e meninas foram maltratados.
Uma comissão de inquérito revelou o que ocorria nas indescritíveis "Lavanderias de Madalena", lares em que jovens grávidas solteiras eram mantidas e exploradas e onde seus recém-nascidos eram tirados delas.
Todo esse sistema de opressão e abuso era operado pela Igreja Católica. Ele era direcionado principalmente, mas não apenas, contra as mulheres. Mas, pouco a pouco, a Igreja foi perdendo seu status no Estado irlandês e na sociedade.
A luta por uma proibição do aborto foi sua última batalha e ela mal ousou se engajar. O clero já sabe há muito tempo que perdeu o poder sobre a moralidade e a lei no país.
O primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, classificou o resultado desse referendo de uma "revolução silenciosa". Mas ela já está há muito tempo em curso nesta Irlanda que nos últimos anos superou muitas restrições e conceitos morais.
Após a votação surpreendente pelo casamento gay, há três anos, agora os cidadãos do país também libertaram as mulheres de séculos de desrespeito e abuso.
O primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, classificou o resultado desse referendo de uma "revolução silenciosa". Mas ela já está há muito tempo em curso nesta Irlanda que nos últimos anos superou muitas restrições e conceitos morais.
Após a votação surpreendente pelo casamento gay, há três anos, agora os cidadãos do país também libertaram as mulheres de séculos de desrespeito e abuso.
A emenda constitucional draconiana sobre a proibição do aborto foi introduzida somente nos anos 1980, mas desde então o país mudou radicalmente. A Irlanda ficou mais aberta, liberal e diversa, e agora finalmente concedeu às mulheres o direito à autodeterminação.
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