Quem acredita que hóstia é o corpo de Cristo não deveria criticar a crendice alheia |
[nota de um ateu]
Por ser saborosa, eu prefiro a farofa de banana da macumba à farinha da hóstia, que, já experimentei, não tem gosto algum.
Quando eu era adolescente, mordi uma hóstia consagrada, depois de manobras com a língua para despregá-la do céu da boca, na expectativa de que dela saísse sangue de Cristo.
Foi uma das minhas primeiras decepções com o cristianismo.
Se ao menos a hóstia tivesse um gostinho de groselha talvez no mundo houvesse agora um ateu a menos.
Quem acaba de depreciar a farofa de banana e outros ingredientes da macumba é o padre Fábio de Melo [vídeo abaixo].
Durante uma missa ele zombou : “Se você de fato acredita que uma galinha preta na porta da sua casa, com um litro de cachaça e uma farofa de banana tem o poder de trazer ‘desdestruição’ (sic) na sua casa, na sua vida, então não conhece a força do Cristo ressuscitado.”
Macumbeiros acusaram Melo de intolerância religiosa, e ele pediu desculpas, voltando a posar de padre tolerante com a diversidade religiosa brasileira.
Mas é possível supor que Melo é, no íntimo, tão preconceituoso quanto a maioria dos padres e pastores. A diferença é que ele usa uma máscara de bonzinho, a qual às vezes cai.
Recentemente, Melo admitiu ter passado por uma crise de fé, entrando em depressão.
Talvez fosse o caso de o Melo ter outra crise, desta vez mais profunda, porque, se questionasse por alguns segundos a pregação de que a hóstia consagrada é, de fato, o corpo de Cristo, não, portanto, uma simbologia, ele perceberia, ainda que por um instante, o quanto a sua religião é bizarra.
Tanto quanto a macumba ou mais.
Com informação das redes sociais.
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