Pular para o conteúdo principal

Koenig: 'Quando tentei denunciar o abuso do padre, disseram que eu era sujo'


'A denúncia
 foi enterrada
rapidamente
pela Igreja'

[depoimento]

por Jay D. Koenig

Em 1966, eu tinha 7 anos e ajudava meu avô na escola St. Marys of Good Councel, em Adrian, no Michigan.

Um dia, enquanto usava o mictório no banheiro, um padre me agarrou pelas costas, esmagou meu rosto contra a porcelana e, então, me sodomizou por uma hora ou mais. Quebrei dois dentes frontais e fiquei com marcas pelo meu corpo.

Quando tentei denunciar o crime, me disseram que eu era um garoto sujo, que tinha abandonado a Igreja e que um padre jamais faria tal coisa.


A denúncia foi rapidamente enterrada e me disseram que eu não era bem-vindo em nenhum templo da Diocese de Lansing, no Michigan.

Tive pesadelos recorrentes durante anos após o incidente.

Fui demitido de meu emprego, depois de 21 anos de trabalho, em 3 de agosto de 2017.

Sofri terror noturno, acordava suando frio e muitas vezes caía da cama.

Sou incapaz de usar mictórios públicos.

Minha esposa, como quem estou casado há 28 anos, teme que eu a machuque durante a noite ou que eu cause danos a mim mesmo.

Jay D. Koenig tem 59 anos. Ele mora em Phoenix, Arizona (EUA). Ele concedeu o depoimento a Rodrigo Craveiro, do Correio Brazilienze. A foto é de arquivo pessoal.



Barbara: 'O padre começou a me estuprar quando eu tinha seis anos'

Forçado a se demitir por denunciar padre pedófilo, detetive é indenizado 50 anos depois na Austrália




A responsabilidade dos comentários é de seus autores.


Comentários

Post mais lidos nos últimos 7 dias

Estado laico coloca a religião na esfera privada e impede que ela seja usada pelo governo

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Pai de vocalista dos Mamonas processa Feliciano por dizer que morte foi por ordem de Deus

Padre acusa ateus de defenderem com 'beligerância' a teoria da evolução

Malafaia diz ter só R$ 6 milhões e que vai ‘ferrar’ a Forbes

Revista avaliou o patrimônio do pastor em R$ 300 milhões O pastor Silas Malafaia (foto), da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, disse ter um patrimônio avaliado em R$ 6 milhões e que, por isso, vai “ferrar” a revista Forbes por ter publicado que a fortuna dele está avaliada em R$ 300 milhões (US$ 150 milhões). "Vou ferrar esses caras (da Forbes)", disse ele à Folha de S.Paulo, referindo-se a sua intenção de mover uma ação contra a revista americana. "Vivo de renda voluntária, e eles me prejudicaram. [O fiel] vê aquilo e pensa, 'ih, não vou [dar o dízimo], tá me roubando." A revista estimou que Malafaia é o terceiro mais rico pastor do Brasil, ficando abaixo de Edir Macedo (com fortuna de R$ 1,9 bilhão), da Universal, e Valdemiro Santiago (R$ 440 milhões), da Mundial. Em quarto lugar está R.R. Soares (R$ 250 milhões), da Igreja Internacional da Graça, e em quinto, Estevam Hernandes Filho (R$ 130 milhões), da Renascer. Forbes informou que sua estima...

Estudo aponta que homofóbicos são homossexuais enrustidos

Liminar derruba pai-nosso em escolas de Rio Preto. Vitória do Estado laico

Veja 14 proibições das Testemunhas de Jeová a seus seguidores

Cristianismo é a religião que mais perseguiu o conhecimento científico

Cristãos foram os inventores da queima de livros LUÍS CARLOS BALREIRA / opinião As epidemias e pandemias durante milhares de anos antes do cristianismo tiveram as mais estapafúrdias explicações dos deuses. Algumas mentes brilhantes da antiguidade, tais como Imhotep (2686-2613 a.C.) e Hipócrates (460-377 a.C.) tentaram passar explicações científicas para as massas de fanáticos religiosos, ignorantes, bestas humanas. Com a chegada ao mundo das feras cristãs, mergulhamos numa era de 2000 anos de trevas e ignorância. Os cristãos foram os inventores da queima de livros e bibliotecas. O cristianismo foi a religião que mais perseguiu o conhecimento científico e os cientistas. O Serapeu foi destruído em 342 d.C. por ordem de um bispo cristão de Alexandria, sob a proteção de Teodósio I.  Morte de Hipatia de Alexandrina em ilustração de um livro do século 19 A grande cientista Hipátia de Alexandria (351/370) foi despida em praça pública e dilacerada viva pelas feras e bestas imundas cristãs...

O que houve com as entidades de defesa do Estado laico? Evaporou pelo Bule de Russell?