Papa Francisco decretou tolerância zero contra os abusos, mas não tem sido bem assim |
da Agência Lusa
Os dados divulgados pela comissão indicam que pelo menos 7% dos padres católicos do país terão abusado de crianças entre 1950 e 2010.
Em algumas dioceses, a percentagem de padres suspeitos de pedofilia chegou mesmo aos 15%. A Ordem dos Irmãos do Hospital de São João de Deus foi a mais grave, com 40% dos membros interrogados.
O Vaticano tem sido obrigado a responder às denúncias que se têm espalhado um pouco por todo o mundo.
Em janeiro de 2018, numa visita ao Chile, o papa Francisco pediu perdão pelos crimes de abuso sexual de menores cometidos por membros da Igreja Católica no país, referindo a "dor e vergonha" que sentiu diante do "dano irreparável" causado às vítimas.
Na França, em 2016, o caso do padre Bernard Preynat, suspeito de ter abusado de cerca de 70 escoteiros, manchou a imagem do cardeal Philippe Barbarin, arcebispo de Lyon.
Desde 2010, também se tornaram públicas na Alemanha centenas de casos de abuso sexual de menores em instituições religiosas, inclusive no reconhecido Canisius College, em Berlim.
Na Áustria, dois escândalos levaram o Vaticano a demitir dois ultraconservadores, o arcebispo de Viena Hans Hermann Groër, em 1995, e o bispo de Sankt-Pölten Kurt Krenn, em 2004.
A Igreja da Bélgica já indemnizou em quase 4,13 milhões de euros, desde 2012, as vítimas das denúncias prescritas.
Nos Estados Unidos, entre 1950 e 2013 a Igreja recebeu denúncias de cerca de 17.000 vítimas de abuso cometidas por cerca de 6.400 membros de clero entre 1950 e 1980.
A Igreja da Bélgica já indemnizou em quase 4,13 milhões de euros, desde 2012, as vítimas das denúncias prescritas.
Nos Estados Unidos, entre 1950 e 2013 a Igreja recebeu denúncias de cerca de 17.000 vítimas de abuso cometidas por cerca de 6.400 membros de clero entre 1950 e 1980.
Em 2012, especialistas no Vaticano falaram em 100.000 vítimas.
Com foto de divulgação.
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