Prefeito do Rio diz que evangélicos são organizados porque 'a gente constrói igrejas' |
por Nelson Motta
para O Globo
O prefeito Crivella agradece a Deus por “ter nos colocado na prefeitura” e por poder dar vantagens e prioridades ao povo evangélico, que, segundo ele, vai salvar o Brasil, porque “evangélico não rouba”. Como o irmão Eduardo Cunha, né? Aleluia!
Como credencial para salvar o Brasil, diz que o povo evangélico é organizado. “Nós pegamos a oferta do povo, levamos pro escritório, contamos tudo, e a gente constrói igrejas.”
E também constrói um projeto de poder explosivo em que religião e política se misturam.
Se o povo evangélico vai salvar o Brasil, é porque os crentes de outras religiões e os ateus o afundaram? É “povo eleito” X povo eleitor?
Pelo que se sabe, Crivella não é ladrão, mas mente como um pagão, sem escrúpulos ou medo da justiça divina ou dos homens. Evangélicos não mentem, ou será que mentem mais ou menos do que católicos, umbandistas ou ateus?
Deus pode tudo, mas não se pode tomar seu santo Nome em vão e atribuir a Ele os fracassos de seu livre-arbítrio. Foi Deus que o ajudou a escapar do impeachment ou foi a distribuição de verbas e cargos para vereadores “da base”? Deus é parceiro de tramoias?
Crivella quer transformar o povo eleito no povo eleitor, e vice-versa, e trouxe como novidade maligna o “aparelhamento religioso” da prefeitura com propostas indecentes — e ilegais — para que seus devotos furem filas, operem catarata, varizes, façam vasectomia, basta chamar a irmã Márcia.
Com suas feições que parecem moldadas em cera, sua alvura, suas orelhas pontudas e a fala macia, o bispo tem o physique du rôle de um personagem satânico (disfarçado de pastor ) num filme de terror, com Temer interpretando um vampiro. Uma dupla infernal.
O prefeito Crivella agradece a Deus por “ter nos colocado na prefeitura” e por poder dar vantagens e prioridades ao povo evangélico, que, segundo ele, vai salvar o Brasil, porque “evangélico não rouba”. Como o irmão Eduardo Cunha, né? Aleluia!
Como credencial para salvar o Brasil, diz que o povo evangélico é organizado. “Nós pegamos a oferta do povo, levamos pro escritório, contamos tudo, e a gente constrói igrejas.”
E também constrói um projeto de poder explosivo em que religião e política se misturam.
Se o povo evangélico vai salvar o Brasil, é porque os crentes de outras religiões e os ateus o afundaram? É “povo eleito” X povo eleitor?
Pelo que se sabe, Crivella não é ladrão, mas mente como um pagão, sem escrúpulos ou medo da justiça divina ou dos homens. Evangélicos não mentem, ou será que mentem mais ou menos do que católicos, umbandistas ou ateus?
Deus pode tudo, mas não se pode tomar seu santo Nome em vão e atribuir a Ele os fracassos de seu livre-arbítrio. Foi Deus que o ajudou a escapar do impeachment ou foi a distribuição de verbas e cargos para vereadores “da base”? Deus é parceiro de tramoias?
Crivella quer transformar o povo eleito no povo eleitor, e vice-versa, e trouxe como novidade maligna o “aparelhamento religioso” da prefeitura com propostas indecentes — e ilegais — para que seus devotos furem filas, operem catarata, varizes, façam vasectomia, basta chamar a irmã Márcia.
Com suas feições que parecem moldadas em cera, sua alvura, suas orelhas pontudas e a fala macia, o bispo tem o physique du rôle de um personagem satânico (disfarçado de pastor ) num filme de terror, com Temer interpretando um vampiro. Uma dupla infernal.
Íntegra do texto do artigo que foi publicado originalmente com o título 'Meu Deus!'.
Crivella afirma que só o ‘Brasil evangélico é que vai dar jeito nessa pátria’
Crivella assina contrato com banco de Edir Macedo
Crivella não aplica a Lei do Silêncio e mantem impunidade de igrejas evangélicas
Justiça proíbe filho de Crivella de usar recursos da prefeitura
A responsabilidade dos comentários é de seus autores.
Comentários
Postar um comentário