Prefeito do Rio cede escolas à Igreja para 'assistência social' |
por Bruno Abbud
para O Dia
Na ação civil pública movida ontem à noite contra o prefeito Marcelo Crivella (PRB), por improbidade administrativa, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) apontou o uso de escolas públicas municipais para promover a Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd).
As diretoras das escolas CIEP Ministro Gustavo Capanema, na Maré, e Escola Municipal Joaquim Abílio Borges, no Humaitá, ambas da rede pública municipal, informaram, em depoimento à promotora Gláucia Santana, da 5ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Cidadania, que pastores da Igreja Universal pediram para usar o espaço escolar para ‘ações sociais’ da igreja.
Segundo os relatos, os eventos incluíram exames de audiometria, corte de cabelo, dentista, massagens de shiatsu, elaboração de documentos e assistência espiritual, entre outros serviços.
Além disso, houve colocação de “banners” da Igreja Universal nas escolas bem como o uso de uniformes com o logotipo da igreja pelos organizadores e a distribuição de panfletos.
Na ação civil pública, a promotora Gláucia Santana elenca nove pontos que foram abordados durante as investigações, entre eles a reunião secreta no Palácio da Cidade, a realização de censo religioso na Guarda Municipal e a concessão de títulos de utilidade pública para igrejas.
Diante da ação, Crivella corre o risco de ser afastado do cargo caso não cumpra com as liminares propostas pelo MPRJ.
Se condenado, o prefeito pode ser obrigado a pagar uma multa de R$ 500 mil, além de perder o mandato e ter os direitos políticos suspensos.
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