A "cura" do pastor fez a mulher piorar |
[notícia e opinião]
O pastor de um templo da Igreja Universal do Reino de Deus em São João de Meriti (RJ) [mapa abaixo] orientou uma paciente que interrompesse o tratamento contra HIV porque ela estava curada pelo poder da oração.
O pastor tomou essa decisão após ver exame de sangue da fiel onde constava “não detectado” para o vírus de HIV.
Mas “não detectado” não significa “não existente”, porque os poucos vírus que estiverem no corpo de alguém se reproduzem rapidamente, se o tratamento for suspenso. HIV não tem cura.
Um mês depois de ter parado de tomar os remédios, jogando-os no lixo, a fiel de 38 anos piorou de saúde.
Antes, no período em que ela ficou “curada”, o pastor pediu que fosse à igreja para dar o testemunho do milagre.
“Chegaram a me levar de carro e pediram que eu fosse com todos os exames e prontuários”, diz a fiel.
Casos como esse não são raros e podem ser vistos na TV com frequência em programas de evangélicos, sem que o Ministério Público decida agir.
Se houvesse uma investigação em todos os casos de pessoas que se dizem curadas pela fé, o charlatanismo faria menos vítimas, e o pastor da Universal de São João de Meriti poderia estar agora na cadeia.
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