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Médium abusa de fiéis em sessões de materialização de espíritos, acusa MP


Acusado por três pessoas,
 Cruz  se tornou réu;
 ele diz ser inocente
[notícia]

O Ministério Público do Paraná denunciou (acusação formal) o médium Maury Rodrigues da Cruz (foto) de abusar de seguidores durante sessões de ectoplasmia (materialização de espíritos em pessoa). A Justiça aceitou a acusação e médium se tornou réu. O processo tramita em sigilo.

O engenheiro eletrônico Fernando da Costa Frazão, uma das vítimas, afirmou que Cruz, em sua estratégia de assédio, dizia estar “incorporado” de um espírito que em outra vida teve uma relação íntima com a pessoa participante da sessão.

"As sessões aconteciam na  madrugada e, algumas vezes, a gente se vai sozinho com o professor Maury”, disse Frazão, que frequentou o centro espírita de Cruz durante dois anos.

“Nas sessões, ele acaba te envolvendo, dizendo que você é especial (...), e, com o passar do tempo, essa intimidade começa a ser maior e ele vai querendo beijar, forçar um beijo, e isso é um pouco estranho."


De acordo com a denúncia do MP, Frazão só se deu contra da fraude quando recebeu de Cruz um convite para morar com ele.

Cruz é diretor presidente da Sociedade Brasileira de Estudos Espíritas, com sede em Curitiba. Foi diretor do Museu Paranaense e professor.

Outra suposta denúncia, um empresário.  disse ter sido assediado por um “espírito” incorporado no médium quando este lhe pediu para colocar a mão no “baixo ventre”.

“Eu coloquei a minha mão mais ou menos embaixo do umbigo dele, e ele pegou a minha mão e colocou um pouco mais pra baixo. Tirei a mão dali meio que reagindo e ele começou a fazer um teatro de como se estivesse passando muito mal."

A professora Gladiomar Saade de Castilhos, que trabalhou por 25 anos como voluntário do médium, disse que o seu filho também sofreu abuso sexual e, abalado, mudou-se para os Estados Unidos.

Há pelo menos 20 denúncias de pessoas que teriam sido abusadas por “espíritos” no centro de Cruz, mas o MP se restringiu as três mais recentes, dos últimos seis meses.

Em fevereiro de 2018, quando vazaram as primeiras denúncias, Cruz gravou um vídeo [abaixo] dizendo que ia recorrer judicialmente contra os difamadores.

“Eu tenho uma história de dignidade”, afirmou, sem entrar no mérito das denúncias.



Com informação do G1 e foto de captura de tela de vídeo do Youtube.


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