por Deutsche Welle
Padres e membros ordenados da Igreja Católica da Alemanha abusaram sexualmente de mais de 3.677 menores de idade, principalmente de meninos de até 13 anos, entre 1964 e 2014, mostrou um estudo encomendado pela Conferência de Bispos Alemães.
Em um em cada seis casos houve diferentes formas de violação, segundo os sites da revista alemã Der Spiegel e do jornal Die Zeit, que divulgaram detalhes do estudo nesta quarta-feira (12 de setembro de 2018).
Aviso por e-mail de novo post
Treze das vítimas dos padres pedófilos belgas se suicidaram
Justiça da Pensilvânia identifica 300 padres que abusaram de mil crianças
Procurador da Pensilvânia acusa o Vaticano de acobertar padres pedófilos
Pedófilo obteve da Igreja Católica carta de recomendação para trabalhar na Disney
A responsabilidade dos comentários é de seus autores.
Padres e membros ordenados da Igreja Católica da Alemanha abusaram sexualmente de mais de 3.677 menores de idade, principalmente de meninos de até 13 anos, entre 1964 e 2014, mostrou um estudo encomendado pela Conferência de Bispos Alemães.
Em um em cada seis casos houve diferentes formas de violação, segundo os sites da revista alemã Der Spiegel e do jornal Die Zeit, que divulgaram detalhes do estudo nesta quarta-feira (12 de setembro de 2018).
Ao menos 1.670 religiosos estiveram envolvidos nos abusos, o que representa 4,4% do total de todos os clérigos de dioceses alemãs.
De acordo com o Die Zeit, 969 vítimas de abuso eram coroinhas. Três quartos de todas as vítimas mantinham uma relação religiosa ou de orientação espiritual com os clérigos, disse a Der Spiegel.
O estudo se baseia em mais de 38 mil documentos de 27 dioceses alemãs e foi conduzido por um consórcio de pesquisa formado pelas universidades de Mannheim, Heidelberg e Giessen durante quatro anos. A Conferência dos Bispos Alemães financiou o estudo com 1,1 milhão de euros, segundo o Die Zeit.
O número real de vítimas pode ser ainda maior, uma vez que, em muitos casos, documentos contendo informações sobre os acusados foram destruídos ou manipulados. Outra limitação do estudo é que seus autores não obtiveram permissão para avaliar os documentos originais.
Mais da metade de todos os casos só foi descoberta por conta de pedidos de compensações por parte das vítimas, uma vez que os arquivos sobre os clérigos não continham nenhuma referência aos abusos.
Em somente 566 dos casos, o equivalente a um terço dos clérigos envolvidos, os clérigos envolvidos nos abusos tiveram que enfrentar algum tipo de processo dentro da Igreja. Deles, 154 acabaram sem penalidades, e em 103 houve apenas uma advertência.
Quarenta e um culpados foram removidos de suas posições e 88 foram excomungados. Contudo, esse tipo de penalidades drásticas do ponto de vista da Igreja só atingiu 7,8% dos acusados, disse o Die Zeit. Em muitos casos, os padres foram simplesmente movidos para outras dioceses, cujos membros não foram informados sobre o passado dos religiosos transferidos.
Segundo o estudo, não há razão para acreditar que o abuso de menores por membros da Igreja "seja um tema resolvido no passado e superado no momento", já que os abusos foram cometidos até o fim do período analisado pelos pesquisadores.
Os autores do estudo não fornecem um possível motivo para os abusos, mas dão algumas pistas. Os pesquisadores sugerem que a exigência de celibato pode ser "um possível fator de risco".
A Conferência dos Bispos Alemães não comentou o assunto imediatamente, afirmando que ainda prepara uma resposta. A instituição pretendia apresentar o estudo oficialmente apenas em 25 de setembro.
A Igreja Católica tem sido confrontada há anos com acusações de abuso sexual. No mês passado, um relatório apontou que mais de mil crianças foram vítimas de abusos sexuais cometidos por cerca de 300 padres no estado americano da Pensilvânia desde a década de 1940.
A Deutsche Welle é a emissora da Alemanha que produz jornalismo em 30 idiomas.
De acordo com o Die Zeit, 969 vítimas de abuso eram coroinhas. Três quartos de todas as vítimas mantinham uma relação religiosa ou de orientação espiritual com os clérigos, disse a Der Spiegel.
O estudo se baseia em mais de 38 mil documentos de 27 dioceses alemãs e foi conduzido por um consórcio de pesquisa formado pelas universidades de Mannheim, Heidelberg e Giessen durante quatro anos. A Conferência dos Bispos Alemães financiou o estudo com 1,1 milhão de euros, segundo o Die Zeit.
O número real de vítimas pode ser ainda maior, uma vez que, em muitos casos, documentos contendo informações sobre os acusados foram destruídos ou manipulados. Outra limitação do estudo é que seus autores não obtiveram permissão para avaliar os documentos originais.
Mais da metade de todos os casos só foi descoberta por conta de pedidos de compensações por parte das vítimas, uma vez que os arquivos sobre os clérigos não continham nenhuma referência aos abusos.
Em somente 566 dos casos, o equivalente a um terço dos clérigos envolvidos, os clérigos envolvidos nos abusos tiveram que enfrentar algum tipo de processo dentro da Igreja. Deles, 154 acabaram sem penalidades, e em 103 houve apenas uma advertência.
Quarenta e um culpados foram removidos de suas posições e 88 foram excomungados. Contudo, esse tipo de penalidades drásticas do ponto de vista da Igreja só atingiu 7,8% dos acusados, disse o Die Zeit. Em muitos casos, os padres foram simplesmente movidos para outras dioceses, cujos membros não foram informados sobre o passado dos religiosos transferidos.
O número de predadores pode ser maior |
Segundo o estudo, não há razão para acreditar que o abuso de menores por membros da Igreja "seja um tema resolvido no passado e superado no momento", já que os abusos foram cometidos até o fim do período analisado pelos pesquisadores.
Os autores do estudo não fornecem um possível motivo para os abusos, mas dão algumas pistas. Os pesquisadores sugerem que a exigência de celibato pode ser "um possível fator de risco".
A Conferência dos Bispos Alemães não comentou o assunto imediatamente, afirmando que ainda prepara uma resposta. A instituição pretendia apresentar o estudo oficialmente apenas em 25 de setembro.
A Igreja Católica tem sido confrontada há anos com acusações de abuso sexual. No mês passado, um relatório apontou que mais de mil crianças foram vítimas de abusos sexuais cometidos por cerca de 300 padres no estado americano da Pensilvânia desde a década de 1940.
A Deutsche Welle é a emissora da Alemanha que produz jornalismo em 30 idiomas.
Aviso por e-mail de novo post
Treze das vítimas dos padres pedófilos belgas se suicidaram
Justiça da Pensilvânia identifica 300 padres que abusaram de mil crianças
Procurador da Pensilvânia acusa o Vaticano de acobertar padres pedófilos
Pedófilo obteve da Igreja Católica carta de recomendação para trabalhar na Disney
A responsabilidade dos comentários é de seus autores.
Comentários
Postar um comentário