Damares Alves (foto), ministra de Mulheres, Família e Direitos Humanos do Governo Bolsonaro, contou a uma jornalista que foi abusada por dois pastores quando era criança.
Abusada dos 6 aos 8 anos, seu infortúnio foi tanto que, aos 10, pensou em se suicidar com veneno de rato, em cima de uma goiabeira.
Ela não se matou porque viu Jesus, “de barba branca, roupa branca”, subindo o pé de goiabeira.
Damares disse à jornalista Camila Brandalise que ficou chateada pelas piadas nas redes sociais por ela ter dito que viu Jesus subindo na goiabeira.
O relato de Damares sobre os abusos sexuais que sofreu é contundente.
"O primeiro abusador foi às vias de fato. Fui estuprada por dois anos. Ele dizia que eu era 'enxerida', que a culpa era minha e que, se falasse, meu pai morreria", disse.
“O segundo pastor me machucou quatro vezes, passava a mão no meu corpo, me beijava na boca, me colocava no colo. Uma vez ejaculou no meu rosto. Falar sobre isso me dói, me expor custa demais, mas entendo que preciso passar a mensagem de que sobrevivi."
Após ter sofrido o primeiro estupro, o pastor disse que ela era “a culpada”. “Você me seduziu, você é enxerida.”
“Dizia que seu eu contasse para o meu pai, ele (o pastor) o mataria.”
Em épocas diferentes, os pastores tinham ficado hospedados em sua casa porque seus pais eram muitos religiosos e ajudavam a igreja.
Até hoje Damares sente remorso dos pais porque eles nada fizeram para ampará-la quando souberam que a filha tinha sido estuprada.
Aos 24 anos, ela e a família leram em um jornal que um dos pastores tinha sido preso por ser pedófilo.
Foi então que descobriu que os seus pais já sabiam que ela tinha sido molestada.
Damares ficou sabendo que seus pais foram reclamar na igreja e a orientação que obtiveram foi a de orar, sem tocar no assunto com a filha.
Hoje, a ministra diz ser favorável à educação sexual na escola, até para alertar as crianças dos riscos que elas correm.
Mas ainda assim ela disse que essa educação só deve ser ministrada com a autorização dos pais.
Quando era criança, os pais de Damares certamente não aceitariam que sua filha tivesse esse tipo de orientação na escola, e a menina não teria conhecimento para se defender de predadores sexuais, como não teve.
É compreensível que Damares seja uma mulher traumatizada, mas não dá para entender que ela nada tenha aprendido com a negligência e ignorância de seus pais e o acobertamento de pedófilos pela igreja.
Com informação da Folha e foto do Facebook.
Aviso de novo post por e-mail
Damares quer Bíblia nas escolas, mas não alusão a religiões de matriz africana
Não há diferença entre Damares e fundamentalistas islâmicos, diz sociólogo
Número de vítimas de João de Deus deve superar o de Roger Abdelmassih
Citações a 'deus' preocupam senador porque eleição não instituiu uma República teocrática
A responsabilidade dos comentários é de seus autores.
Abusada dos 6 aos 8 anos, seu infortúnio foi tanto que, aos 10, pensou em se suicidar com veneno de rato, em cima de uma goiabeira.
Ministra conta pela primeira como sofreu abuso |
Ela não se matou porque viu Jesus, “de barba branca, roupa branca”, subindo o pé de goiabeira.
Damares disse à jornalista Camila Brandalise que ficou chateada pelas piadas nas redes sociais por ela ter dito que viu Jesus subindo na goiabeira.
O relato de Damares sobre os abusos sexuais que sofreu é contundente.
"O primeiro abusador foi às vias de fato. Fui estuprada por dois anos. Ele dizia que eu era 'enxerida', que a culpa era minha e que, se falasse, meu pai morreria", disse.
“O segundo pastor me machucou quatro vezes, passava a mão no meu corpo, me beijava na boca, me colocava no colo. Uma vez ejaculou no meu rosto. Falar sobre isso me dói, me expor custa demais, mas entendo que preciso passar a mensagem de que sobrevivi."
Após ter sofrido o primeiro estupro, o pastor disse que ela era “a culpada”. “Você me seduziu, você é enxerida.”
“Dizia que seu eu contasse para o meu pai, ele (o pastor) o mataria.”
Em épocas diferentes, os pastores tinham ficado hospedados em sua casa porque seus pais eram muitos religiosos e ajudavam a igreja.
Até hoje Damares sente remorso dos pais porque eles nada fizeram para ampará-la quando souberam que a filha tinha sido estuprada.
Aos 24 anos, ela e a família leram em um jornal que um dos pastores tinha sido preso por ser pedófilo.
Foi então que descobriu que os seus pais já sabiam que ela tinha sido molestada.
Damares ficou sabendo que seus pais foram reclamar na igreja e a orientação que obtiveram foi a de orar, sem tocar no assunto com a filha.
Hoje, a ministra diz ser favorável à educação sexual na escola, até para alertar as crianças dos riscos que elas correm.
Mas ainda assim ela disse que essa educação só deve ser ministrada com a autorização dos pais.
Quando era criança, os pais de Damares certamente não aceitariam que sua filha tivesse esse tipo de orientação na escola, e a menina não teria conhecimento para se defender de predadores sexuais, como não teve.
É compreensível que Damares seja uma mulher traumatizada, mas não dá para entender que ela nada tenha aprendido com a negligência e ignorância de seus pais e o acobertamento de pedófilos pela igreja.
Com informação da Folha e foto do Facebook.
Aviso de novo post por e-mail
Damares quer Bíblia nas escolas, mas não alusão a religiões de matriz africana
Não há diferença entre Damares e fundamentalistas islâmicos, diz sociólogo
Número de vítimas de João de Deus deve superar o de Roger Abdelmassih
Citações a 'deus' preocupam senador porque eleição não instituiu uma República teocrática
A responsabilidade dos comentários é de seus autores.
Comentários
Postar um comentário