"Demorei alguns anos para processar e falar sobre o que aconteceu. Cheguei a pensar em divulgar meu nome, mas sabemos que a pessoa de quem estamos falando é bem poderosa. Foi em 2010, eu tinha um conhecido que já frequentava a casa e tive acesso direto ao médium.
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Desde a primeira vez que eu o tinha visto, eu me senti mal e via como ele tratava mal alguns dos funcionários, mas o lugar era muito pacífico e tinha uma energia forte. Eu ia para a corrente e ajudava muito nas cirurgias, sentia uma energia especial ali.
Na terceira vez em que fui, fui sozinha. Fiquei uma semana e, em um desses momentos, num dos últimos dias, ele comentou durante um atendimento que ele queria 'me ajudar' e que era para eu ir ao encontro dele por volta das 6 horas da manhã no dia seguinte. Entrei na sala, ele falava que eu estava com os chacras bloqueados, principalmente com o chacra da sexualidade.
Ele se sentou na poltrona, pediu que eu sentasse ao lado. Ele estava com uma camisa branca, pegou a minha mão, colocou-a no peito dele e começou a respirar fundo. Sentia que ele estava tentando me hipnotizar. Eu fiquei tão abismada que congelei. Ele foi descendo a minha mão. Senti uma pele úmida e enrugada tocar a minha mão. Abri os olhos e notei que era o pênis dele. Levantei na hora, indignada e cheia de raiva, me perguntando porque aquilo estava acontecendo comigo. Saí da sala e voltei para a sala da corrente, me sentei para rezar e processar o que aconteceu. Cinco minutos depois, ele me chamou de volta.
Já cheguei com cara de quem não gostou. E ele começou a explicar que estava incorporado, inconsciente, durante aquele momento. Eu sabia que aquilo era balela. Ele pegou um cristal e me deu. A pedra é enorme, um cristal transparente enorme.
Quem passa por isso fica calada porque a gente sente tanta vergonha de pensar no que passou que não tem nem para quem falar. Se eu não tivesse medo dos riscos, até publicaria meu nome, mas já ouvi tantos relatos que não sei como ainda não o pegaram. Deve tentar calar muita gente.
"Senti uma pele úmida e enrugada tocar a minha mão" |
Na terceira vez em que fui, fui sozinha. Fiquei uma semana e, em um desses momentos, num dos últimos dias, ele comentou durante um atendimento que ele queria 'me ajudar' e que era para eu ir ao encontro dele por volta das 6 horas da manhã no dia seguinte. Entrei na sala, ele falava que eu estava com os chacras bloqueados, principalmente com o chacra da sexualidade.
Ele se sentou na poltrona, pediu que eu sentasse ao lado. Ele estava com uma camisa branca, pegou a minha mão, colocou-a no peito dele e começou a respirar fundo. Sentia que ele estava tentando me hipnotizar. Eu fiquei tão abismada que congelei. Ele foi descendo a minha mão. Senti uma pele úmida e enrugada tocar a minha mão. Abri os olhos e notei que era o pênis dele. Levantei na hora, indignada e cheia de raiva, me perguntando porque aquilo estava acontecendo comigo. Saí da sala e voltei para a sala da corrente, me sentei para rezar e processar o que aconteceu. Cinco minutos depois, ele me chamou de volta.
Já cheguei com cara de quem não gostou. E ele começou a explicar que estava incorporado, inconsciente, durante aquele momento. Eu sabia que aquilo era balela. Ele pegou um cristal e me deu. A pedra é enorme, um cristal transparente enorme.
Quem passa por isso fica calada porque a gente sente tanta vergonha de pensar no que passou que não tem nem para quem falar. Se eu não tivesse medo dos riscos, até publicaria meu nome, mas já ouvi tantos relatos que não sei como ainda não o pegaram. Deve tentar calar muita gente.
Mas sei que foi abuso sexual no meu caso, o cara pegou a minha mão e colocou no pênis dele contra a minha vontade. Óbvio que foi abuso."
Relato concedido ao jornal "O Globo".
Relato concedido ao jornal "O Globo".
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