da Deutsche Welle
Integrantes da coalizão de governo alemã estão debatendo a criação de um "imposto para mesquitas” para muçulmanos na Alemanha, similar ao já existente para cristãos.
Thorsten Frei, deputado do Partido Democrata Cristão (CDU), da chanceler federal alemã Angela Merkel, afirmou ao jornal Die Welt, que tal taxa seria "um importante passo", que possibilitaria que "o islã na Alemanha se emancipe de Estados estrangeiros".
Na Alemanha, tais impostos eclesiásticos são cobrados de católicos e evangélicos luteranos, sendo destinados ao financiamento das atividades das igrejas de ambas as confissões. Os impostos são coletados pelo Estado e depois transferidos para as autoridades religiosas.
Na falta de impostos similares, as mesquitas na Alemanha têm que se sustentar com doações, fazendo crescer a preocupação sobre um possível financiamento por organizações e governos estrangeiros, o que frequentemente suscita questões envolvendo a promoção de ideologias fundamentalistas.
Segundo estimativas governamentais, entre 4,4 milhões e 4,7 milhões de muçulmanos vivem na Alemanha, mas a estatística também inclui pessoas cujas famílias são muçulmanas por tradição. O número de muçulmanos praticantes provavelmente é muito menor.
Katrin Göring-Eckardt, chefe da bancada do Partido Verde no Parlamento alemão, também aprova a proposta.
"Seria uma boa ideia que encontremos fontes de financiamento para comunidades muçulmanas na Alemanha, para impedir a influência prejudicial de verbas encaminhadas por motivos políticos e por pregadores radicais na Turquia", afirma.
Seyran Ates, fundadora de uma mesquita progressista em Berlim, onde homens e mulheres podem orar juntos, diz que é a favor da medida, em entrevista à DW. "O islã na Alemanha tem uma enorme influência de fora, de países estrangeiros”, justifica.
Muitos países europeus, incluindo Áustria, Suécia e Itália usam impostos eclesiásticos para financiar instituições católicas e protestantes. Tais taxas também têm sido criticadas por serem compulsórias para fiéis praticantes e por ferirem o princípio do Estado laico, ao serem recolhidas pelo governo.
A Deutsche Welle é a emissora da Alemanha que produz jornalismo em 30 idiomas.
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A responsabilidade dos comentários é de seus autores.
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Mesquistas alemãs recebem dinheiro de religiosos do exterior muitas vezes com o interesse de promover o fundamentalismo |
Thorsten Frei, deputado do Partido Democrata Cristão (CDU), da chanceler federal alemã Angela Merkel, afirmou ao jornal Die Welt, que tal taxa seria "um importante passo", que possibilitaria que "o islã na Alemanha se emancipe de Estados estrangeiros".
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Na falta de impostos similares, as mesquitas na Alemanha têm que se sustentar com doações, fazendo crescer a preocupação sobre um possível financiamento por organizações e governos estrangeiros, o que frequentemente suscita questões envolvendo a promoção de ideologias fundamentalistas.
Segundo estimativas governamentais, entre 4,4 milhões e 4,7 milhões de muçulmanos vivem na Alemanha, mas a estatística também inclui pessoas cujas famílias são muçulmanas por tradição. O número de muçulmanos praticantes provavelmente é muito menor.
Katrin Göring-Eckardt, chefe da bancada do Partido Verde no Parlamento alemão, também aprova a proposta.
"Seria uma boa ideia que encontremos fontes de financiamento para comunidades muçulmanas na Alemanha, para impedir a influência prejudicial de verbas encaminhadas por motivos políticos e por pregadores radicais na Turquia", afirma.
Seyran Ates, fundadora de uma mesquita progressista em Berlim, onde homens e mulheres podem orar juntos, diz que é a favor da medida, em entrevista à DW. "O islã na Alemanha tem uma enorme influência de fora, de países estrangeiros”, justifica.
Muitos países europeus, incluindo Áustria, Suécia e Itália usam impostos eclesiásticos para financiar instituições católicas e protestantes. Tais taxas também têm sido criticadas por serem compulsórias para fiéis praticantes e por ferirem o princípio do Estado laico, ao serem recolhidas pelo governo.
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