Entre as pessoas que acusam o padre Pedro Leandro Ricardo, da Diocese de Limeira (SP), de abuso sexual há um professor que, quando jovem foi coroinha. Ele teve de fazer tratamentos psiquiátricos.
Abaixo, seu relato.
"Comecei meu trabalho como coroinha na paróquia de São Francisco de Assis aos 10 anos. A minha vida se passava toda na igreja. Assistia os padres em seis a sete missas por semana. Tínhamos relação de pai e filho. A minha mãe tinha orgulho de me ver na paróquia. Num bairro pobre, ver o filho ir bem na igreja era algo bem visto pelos pais.
A carreira de padre era uma opção real de futuro, de emprego. Em 2002, quando o padre Leandro chegou na paróquia São Francisco de Assis uma das minhas funções era acompanhar o padre em missas em locais pobres na zona rural da cidade. Uma vez ao acompanhar o padre até um desses locais, ele me assediou.
Durante a ida, ele conversava e deixava a mão escapar e encostar na minha coxa quando trocava a marcha. Pensei que não tinha problema, inicialmente. Achei que fosse uma forma de amizade.
Quando retornamos da missa, porém, o padre fez novas investidas: alisou a minha coxa até apertar o meu pênis. Ao fazer isso ainda fez um convite para que eu fosse dormir na casa paroquial. E o reprendi e pedi que não fizesse mais aquilo. Não comentei o caso com ninguém.
Alguns dias depois disso, o padre disse que não precisava mais da minha ajuda nas missas. Começou a me afastar das atividades da igreja. Até que pouco tempo depois me expulsou da igreja, o que me fez sofrer muito. Num bairro pobre como José Ometto, a igreja era uma espécie de centro cultural.
Decidi ficar em silêncio. Não pude contar a minha mãe porque ela tinha sérios problemas de saúde. Era cardíaca. Também não revelei ao meu pai porque sentia medo que sua reação fosse violenta. Me senti humilhado. Tive depressão e ataques de pânico. Fiz tratamento com psiquiatra e cheguei a tomar rivotril e diasepan para dormir.
Só tive coragem de falar agora depois que soube de vários casos de abusos cometido pelo padre. Hoje, não frequento mais a igreja."
Abaixo, seu relato.
"Comecei meu trabalho como coroinha na paróquia de São Francisco de Assis aos 10 anos. A minha vida se passava toda na igreja. Assistia os padres em seis a sete missas por semana. Tínhamos relação de pai e filho. A minha mãe tinha orgulho de me ver na paróquia. Num bairro pobre, ver o filho ir bem na igreja era algo bem visto pelos pais.
A carreira de padre era uma opção real de futuro, de emprego. Em 2002, quando o padre Leandro chegou na paróquia São Francisco de Assis uma das minhas funções era acompanhar o padre em missas em locais pobres na zona rural da cidade. Uma vez ao acompanhar o padre até um desses locais, ele me assediou.
"O padre alisou minha coxa até apertar o meu pênis" |
Durante a ida, ele conversava e deixava a mão escapar e encostar na minha coxa quando trocava a marcha. Pensei que não tinha problema, inicialmente. Achei que fosse uma forma de amizade.
Quando retornamos da missa, porém, o padre fez novas investidas: alisou a minha coxa até apertar o meu pênis. Ao fazer isso ainda fez um convite para que eu fosse dormir na casa paroquial. E o reprendi e pedi que não fizesse mais aquilo. Não comentei o caso com ninguém.
Alguns dias depois disso, o padre disse que não precisava mais da minha ajuda nas missas. Começou a me afastar das atividades da igreja. Até que pouco tempo depois me expulsou da igreja, o que me fez sofrer muito. Num bairro pobre como José Ometto, a igreja era uma espécie de centro cultural.
Decidi ficar em silêncio. Não pude contar a minha mãe porque ela tinha sérios problemas de saúde. Era cardíaca. Também não revelei ao meu pai porque sentia medo que sua reação fosse violenta. Me senti humilhado. Tive depressão e ataques de pânico. Fiz tratamento com psiquiatra e cheguei a tomar rivotril e diasepan para dormir.
Só tive coragem de falar agora depois que soube de vários casos de abusos cometido pelo padre. Hoje, não frequento mais a igreja."
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