Igreja acobertou por décadas o pedófilo Fernando Karadima |
A decisão da Corte de Apelação de Santiago foi unânime, em benefício de James Hamilton, Juan Carlos Cruz e José Andrés Murillo. Cada um deles receberá US$ 150 mil.
As denúncias foram feitas em 2010, abrindo um escândalo que até hoje a Igreja Católica no Chile.
Ministério Público contabiliza ao menos 158 casos de abuso sexual no clero, com 219 pessoas investigadas e 241 vítimas, sendo que 123 eram menores de idade na época dos supostos crimes.
Karadima foi condenado em 2011 a uma “vida de oração e penitência” e permaneceu como membro da hierarquia católica até setembro de 2018, quando o papa Francisco revogou seu estado clerical.
Os crimes ocorreram na década de 1980, quando o então padre de El Bosque, nos arredores de Santiago, construiu um império econômico e de influência graças a doações recebidas da oligarquia chilena.
Hoje com 88 anos, Karadima foi acobertado pelo episcopado do Chile, principalmente o ex-bispo de Osorno Juan Barros Madrid, que perdeu o cargo em junho de 2018.
Barros foi pupilo de Karadima no seminário e era seu homem de confiança.
Cruz, Hamilton e Murillo se encontraram com o papa Francisco no início de maio de 2018, mas tiveram suas denúncias desacreditadas pela Igreja.
O próprio Jorge Bergoglio chegou a dizer que as acusações contra Barros eram “calúnias”, mas depois pediu desculpas e reconheceu ter cometido um “erro de avaliação”.
Com informação das agências.
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