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Cientistas divulgam pela primeira vez foto de um buraco negro

Com 6,5 bilhões de vezes
 da massa do Sol, este buraco
 negro está a 55 milhões
 anos-luz da Terra

Pesquisadores da Fundação Nacional de Ciência (cuja sigla em inglês é NSF), nos Estados Unidos, que atuam no projeto Telescópio de Horizonte de Eventos (cuja sigla em inglês é EHT), revelaram hoje (10 de abril de 2019) que, pela primeira vez, foram captadas imagens de um buraco negro no espaço.

Formados por massas imensas de tamanho compacto, os buracos negros afetam os cosmos, podendo distorcer os conceitos de espaço-tempo e superaquecendo qualquer material ao redor.

"Tiramos a primeira foto de um buraco negro", disse o diretor do projeto da EHT, Sheperd S. Doeleman, do Centro de Astrofísica Harvard e Smithsonian. 

"Este é um extraordinário feito científico realizado por uma equipe de mais de 200 pesquisadores."

A imagem revela o buraco negro no centro de Messier 87, uma enorme galáxia ao redor do planeta Virgem. 

Este buraco negro está a 55 milhões de anos-luz da Terra e tem uma massa de 6,5 bilhões de vezes a massa do Sol.

"Este é um grande dia em astrofísica", disse a diretora da Fundação Nacional de Ciência, France Córdova.

"Estamos vendo o invisível. Buracos negros têm causado imaginação por décadas. Eles têm propriedades exóticas e são misteriosos para nós.”

Córdova disse que cientistas e engenheiros foram preparados "para iluminar o desconhecido, de modo a revelar a majestade sutil e complexa do nosso universo".
Projeto

O projeto liga telescópios ao redor do globo para formar um telescópio virtual do tamanho da Terra, com sensibilidade e resolução sem precedentes. O trabalho é desenvolvido há anos por meio de colaboração internacional.

A fundação desempenhou papel fundamental nesta descoberta, financiando investigadores individuais, equipes científicas interdisciplinares e instalações de pesquisa de radioastronomia desde o início da EHT. Mais de US$ 28 milhões foram aplicados em pesquisa da EHT.

Múltiplas calibrações e métodos de imagem revelaram uma estrutura em forma de anel, com uma região central escura - a sombra do buraco negro -, que persistiu sobre várias observações independentes, segundo os pesquisadores.





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