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Olavo de Carvalho teve três esposas quando foi muçulmano, diz filha

Heloísa, a filha de Olavo
 de Carvalho, fala da época
em que morou em uma
 comunidade islâmica
 com seu pai

“Meu pai hoje tem essa fachada de católico tradicional, mas eu e meus irmãos não fomos sequer batizados na Igreja Católica e a única religião que meu pai fez a gente seguir foi o islamismo.”

A afirmação é da professora de artesanato Heloísa de Carvalho Martin Arribas, filha primogênita de Olavo Carvalho, que é jornalista e guru da extrema-direita brasileira que tem grande influência no Governo Bolsonaro.

À revista Época, a filha renegada de Olavo falou sobre um assunto sobre o qual o pai pouco toca: a época em que ele foi muçulmano.

O guru é evasivo sobre o assunto, embora fale com frequência sobre o seu cristianismo.

“Hoje ele se diz católico desde criancinha, mas foi muçulmano e levou todos os quatro filhos, minha mãe e as esposas dele na época para o islamismo”.

Heloísa contou que seu pai teve três esposas muçulmanas ao mesmo tempo na época em que ela morou com ele e com sua mãe católica, em uma moradia coletiva em São Paulo de uma seita islâmica.

Hoje, Olavo de Carvalho chama a atenção na internet pela abundância do uso de palavrões, mas na casa islâmica os xingamentos eram proibidos. Heloísa contou que em 1985 deixou uma tia, em Atibaia (SP), para morar com seu pai, mãe e irmãos na comunidade islâmica em São Paulo, no bairro da Bela Vista.

“Qual o filho de pais separados que não quer ver todo mundo junto? Até briguei com minha tia para ir”, disse.

“Quando cheguei lá, não era uma casa normal. Era uma casa onde viviam umas 30 pessoas. Pelo menos 12, fora a minha família.”

“Era uma comunidade, com rezação o dia todo, um monte de regra preconceituosa.”

Heloísa disse que, como muçulmana, tinha de usar véu, saia comprida até o tornozelo e mangas compridas.

Ninguém da casa podia conversar como homossexuais ou prostitutas.

“Todas as sextas-feiras íamos a uma mesquita.”

Heloísa disse que o seu pai já dava aula, não ficando claro na entrevista à revista se sobre astrologia, filosofia ou islamismo.

Nesta época, embora com 16 anos, ela se casou com um aluno de 18 anos de seu pai. A cerimônia foi islâmica.

“Ele [Olavo] dizia que muçulmano não namora, só casa.”

Ela e a família deixaram a comunidade religiosa quando Olavo “brigou com todo mundo e seita acabou”.

Heloísa teve um filho e seu casamento durou seis anos. Ele continua tendo amizade com o ex-marido, que “tem urticária só de ouvir falar em Olavo de Carvalho”.

Em 2005, Heloísa voltou a ser católica, batizando-se.

No mesmo ano, o guru se mudou para os Estados Unidos.

Em 2007, ela escreveu “Carta aberta a um pai”, onde acusa Olavo de Carvalho de não ter levado-a à escola, a exemplo do que ocorreu com seus quatro irmãos.

Teve de fazer um programa do governo de alfabetização de adultos, o Mobral.

Em entrevista que concedeu à CartaCapital em dezembro de 2018, filha do guru disse que seus irmãos também sofreram "abandono intelectual".

A referência na internet mais recente de Olavo sobre o seu passado islâmico é a de que ele é acusado de nos anos 80 “ter comido três mulheres”.


Com informação de Época e de outras fontes.




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Comentários

Leandro Bueno disse…
Leandro Felipe Bueno Tierno II
Leandro Felipe Bueno Tierno II Pelo que eu sei, no Islão, o cara pode ter até 4 mulheres, mas tem que dar exatamente o mesmo para todas elas. Inclusive, no Islamismo, quando o homem se casa ele dá uma quantidade considerável para a mulher, como forma de atestar a seriedade do contrato que é celebrado quando do casamento. Daí, achar pouquíssimo provável isso ter ocorrido com Olavo de Carvalho, até porque a poligamia foi declarada ilegal pela Lei Edmunds, e existem leis contra a prática em todos os 50 estados americanos, assim como no distrito de Columbia, Guam, e Porto Rico. Olavo reside na Virginia, em Richmond.
aescher disse…
Aff, o tonto aí de cima não entendeu que a seita islâmica do astrólogo era em SP?

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