Universidades examinaram o perfil de ateus de seis países, incluindo o Brasil |
“As conclusões contradizem fortemente os clichês convencionais sobre os ateus”, disse Jonathan Lanman, da Universidade de Queens, em Belfast (Reino Unido).
Coordenada pela Universidade de Kent, com sede no Reino Unido, a pesquisa contou com a colaboração da Universidade de St. Mary, Twickenham , Coventry University e Queen's University, em Belfast.
A americana Fundação John Templeton, cujo fundador acreditava na conciliação entre a religião e a ciência, patrocinou a pesquisa, que foi apresentada na conferência Understanding Unbelief, no Vaticano.
Houve a participação de religiosos, sociólogos e psicólogos de todo o mundo que estão interessado em saber mais do perfil dos “sem deus”.
Para identificar os descrentes, a pesquisa usou termos os termos reconhecidos internacional “teístas” (pessoas que não acreditam em Deus) e “agnósticos” (pessoas que não sabe se existe ou não um Deus e não acham que há uma maneira de descobrir).
A pesquisa teve questões como os ateus se relacionam com fenômenos sobrenatural, vida após a morte e astrologia, e se o universo tem um sentido.
Entre as conclusões, destacam-se oito.
1. Ateus - aqueles que não acreditam em Deus - e agnósticos - os que não sabem se existe Deus ou não, mas não acreditam que haja uma maneira descobrir - não são homogêneos. Eles aparecem em grupos diferentes nos países pesquisados. "Por conseguinte, há muitas maneiras de ser incrédulo", diz o documento.
2. Em todos os seis países, a maioria dos que não acreditam em Deus se identifica como "sem religião".
3. Na hora de se autorrotularem, os incrédulos que preferem ser chamados de "ateu" ou "agnóstico" não são a maioria. Muitos classificam-se como "humanistas", "pensadores livres", "céticos" ou "seculares".
4. Os ateus do Brasil e da China são os menos convencidos de que sua crença sobre a não-existência de Deus está correta.
5. Não crer em Deus não significa necessariamente não acreditar em outros fenômenos sobrenaturais, ainda que os ateus sejam mais céticos em relação a estes do que as populações gerais.
6. Entre os ateus, o percentual de pessoas que acham que o universo é "em última instância, sem sentido" é maior do que no restante da população. Mas, ainda assim, em número muito inferior ao de metade dos pertencentes ao grupo.
7. Quando confrontados com questões relacionadas a, segundo o relatório, "valores morais objetivos, dignidade humana e direitos correlatos, além do valor profundo da natureza", as posições dos ateus são semelhantes ao do restante da população.
8. Por fim, quando perguntados sobre quais são os valores mais importantes da vida, houve uma "concordância extraordinariamente alta entre incrédulos e populações gerais", apontou o levantamento. "Família" e "liberdade" foram muito bem citados por todos, além de "compaixão", "verdade", "natureza" e "ciência".
1. Ateus - aqueles que não acreditam em Deus - e agnósticos - os que não sabem se existe Deus ou não, mas não acreditam que haja uma maneira descobrir - não são homogêneos. Eles aparecem em grupos diferentes nos países pesquisados. "Por conseguinte, há muitas maneiras de ser incrédulo", diz o documento.
2. Em todos os seis países, a maioria dos que não acreditam em Deus se identifica como "sem religião".
3. Na hora de se autorrotularem, os incrédulos que preferem ser chamados de "ateu" ou "agnóstico" não são a maioria. Muitos classificam-se como "humanistas", "pensadores livres", "céticos" ou "seculares".
4. Os ateus do Brasil e da China são os menos convencidos de que sua crença sobre a não-existência de Deus está correta.
5. Não crer em Deus não significa necessariamente não acreditar em outros fenômenos sobrenaturais, ainda que os ateus sejam mais céticos em relação a estes do que as populações gerais.
6. Entre os ateus, o percentual de pessoas que acham que o universo é "em última instância, sem sentido" é maior do que no restante da população. Mas, ainda assim, em número muito inferior ao de metade dos pertencentes ao grupo.
7. Quando confrontados com questões relacionadas a, segundo o relatório, "valores morais objetivos, dignidade humana e direitos correlatos, além do valor profundo da natureza", as posições dos ateus são semelhantes ao do restante da população.
8. Por fim, quando perguntados sobre quais são os valores mais importantes da vida, houve uma "concordância extraordinariamente alta entre incrédulos e populações gerais", apontou o levantamento. "Família" e "liberdade" foram muito bem citados por todos, além de "compaixão", "verdade", "natureza" e "ciência".
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