Neopentecostais misturam religião com política e pregam a instituição de uma teocracia evangélica |
[opinião] A propósito do post Recado à deputada que quer censurar o beijo gay de Judas: você é ridícula, sobre um vídeo do Porta dos Fundos [veja abaixo], Carlos Eduardo Leal escreveu no Facebook o seguinte:
Paulo Lopes, então quando os religiosos condenarem o homossexualismo, não reclamem. Pois eles estão no direito deles, assim como você tem o seu de ver o Porta dos Fundos. Eu tenho uma sugestão pra gente feito você e esses "humoristas": vão lá no Irã e façam uma peça de Maomé gay beijando outro homem. Depois vocês dizem como foi a experiência.
Leal, preste atenção: há uma diferença grande entre “reclamar” e ser “homofóbico”.
Reclama-se de alguém que fere direitos e atente contra a condição humana.
Em que os homossexuais o incomodam, Leal? Em que os gays prejudicam a sua vida e a da deputada Clarissa Tércio?
É você, Leal, e a Clarissa que estão incomodando um grupo de humor que questiona a homofobia de religiosos.
Tudo bem, isso faz parte da democracia, da liberdade de opinião, mas recorrer à Justiça para impedir o livre pensamento de outras pessoas é extrapolação, e os tribunais vão deixar isso claro.
Outra coisa, Leal: o Brasil não se compara com o Irã, porque aqui é uma democracia laica, lá, uma teocracia islâmica.
O que vocês almejam é uma teocracia evangélica, de modo a impedir qualquer questionamento do humor ao cristianismo, assim como no Irã não se pode rir de Maomé.
Humor é uma forma de questionamento, sabia? E questionamento é inerente ao senso crítico, sem o qual a humanidade não evolui.
No Irã, quem fizer humor com Maomé, por mais leve que seja, é condenado a chicotadas, prisão e até a morte.
Certamente, você quer que eu vá para o Irã porque acha, inconscientemente ou não, que mereço tais castigos.
Ah, o “amor cristão”! Como ele é parecido com o ódio de radicais islâmicos, em muitos casos.
Essa semelhança não é gratuita. Quem leu um ou dois livros de história sabe que cristãos do passado foram mais perversos do que os terroristas do Estado Islâmico.
Como sou brasileiro, vou ficar por aqui, Leal, e gente como você e a deputada Clarissa, que pregam a instituição de uma teocracia evangélica no Brasil, vai ter de me engolir.
Vai me processar? Pedir que eu seja chicoteado?
Outra coisa, Leal: o Brasil não se compara com o Irã, porque aqui é uma democracia laica, lá, uma teocracia islâmica.
O que vocês almejam é uma teocracia evangélica, de modo a impedir qualquer questionamento do humor ao cristianismo, assim como no Irã não se pode rir de Maomé.
Humor é uma forma de questionamento, sabia? E questionamento é inerente ao senso crítico, sem o qual a humanidade não evolui.
No Irã, quem fizer humor com Maomé, por mais leve que seja, é condenado a chicotadas, prisão e até a morte.
Certamente, você quer que eu vá para o Irã porque acha, inconscientemente ou não, que mereço tais castigos.
Ah, o “amor cristão”! Como ele é parecido com o ódio de radicais islâmicos, em muitos casos.
Essa semelhança não é gratuita. Quem leu um ou dois livros de história sabe que cristãos do passado foram mais perversos do que os terroristas do Estado Islâmico.
Como sou brasileiro, vou ficar por aqui, Leal, e gente como você e a deputada Clarissa, que pregam a instituição de uma teocracia evangélica no Brasil, vai ter de me engolir.
Vai me processar? Pedir que eu seja chicoteado?
Com informação do Facebook e de outras fontes.
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Humor é uma forma de questionamento, sabia? E questionamento é inerente ao senso crítico, sem o qual a humanidade não evolui. No Irã, quem fizer humor com Maomé, por mais leve que seja, é condenado a chicotadas, prisão e até a morte. Certamente, você quer que eu vá para o Irã porque acha, inconscientemente ou não, que mereço tais castigos. Ah, o “amor cristão”! Como ele é parecido com o ódio de radicais islâmicos, em muitos casos".
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