Aulas abordaram as ideias ateístas no Ocidente e como os ateus dão sentido a sua vida |
para Nova News
O curso de História da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, do Campus de Nova Andradina, ministrou nesta terça-feira (11 de junho de 2019), a última aula da disciplina História do Ateísmo.
Idealizada pelo docente Ricardo Oliveira da Silva, a matéria foi ofertada como optativa aos alunos do curso no decorrer do primeiro semestre de 2019.
Trata-se, até onde se investigou, da primeira disciplina sobre história do ateísmo de um curso de graduação de uma universidade brasileira, de acordo com Silva.
A disciplina abordou a história das ideias ateístas no Ocidente desde o período da Grécia Antiga, até os dias atuais, quando os ateus ganham maior expressividade social no Brasil e em outras partes do mundo, e passam a se organizar em associações e a desenvolver um ativismo do ateísmo como uma visão positiva e construtiva sobre o mundo.
As aulas também abordaram a relação do ateísmo com temas como ética e moral.
De acordo com o professor, assumir uma visão de mundo ateísta não significa que o ateu e a ateia não possuam valores éticos ou morais. Quer dizer, apenas, que a forma como os ateus dão sentido à vida passa por um sistema de crenças que não possui uma matriz religiosa. Um sentido existencial que pode ser pautado por preceitos científicos ou filosóficos.
Para Ricardo Oliveira da Silva, desconstruir visões estereotipadas sobre o ateísmo como imoral ou socialmente perigoso, além de contar a história do ateísmo, foi um dos objetivos das aulas.
Além de ateus, houve interesse de evangélicos pelo curso.
Além de ateus, houve interesse de evangélicos pelo curso.
Para o acadêmico Jorge Naldo da Silva Ramos, que se define como adventista, a disciplina fez com que ele visse como os ateus são um grupo variado em formas de pensamento e ação social.
Já para Gustavo Sobral dos Santos, aluno de História que se define como ateu, a disciplina o ajudou a conhecer melhor o grupo social ao qual pertence.
De acordo com o major bombeiro militar, Pablo Diego Barros de Jesus, que assistiu as aulas como ouvinte, a disciplina permitiu que os alunos entrassem em contato com um tema pouco estudado.
Com informação do Nova News e foto de Aline Teodoro.
Com informação do Nova News e foto de Aline Teodoro.
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