Médico diz que a pseudociência e teorias da conspiração ganharam espaço |
O crescente movimento antivacina que se verifica em vários países, incluindo o Brasil, é criminoso, porque acaba elevando a taxa de mortandade. A afirmação é do médico Drauzio Varella, 77. (foto)
Ele explica que o aumento da expectativa de vida no último século se deve sobretudo às vacinas.
"As vacinas foram o maior avanço da história da medicina."
"Quando eu era menino, cresci num bairro operário de São Paulo, havia as chamadas doenças da infância — era como um tributo que se tinha que pagar para chegar à adolescência", diz.
"Quando surgiram as vacinas, houve uma queda abrupta não só das doenças, mas da mortalidade infantil. A mortalidade infantil caiu muito. No Brasil, lá pelos anos 1950, chegava a mais de 100 crianças mortas para cada mil habitantes. Praticamente 10% das crianças morriam até os primeiros cinco anos de vida."
De acordo com o IBGE, essas mortes foram 14 para cada mil nascidos em 2016.
Para combater o movimento antivacina, Varella defende, entre outras coisas, maior comunicação dos médicos com a população.
"Os médicos acham tão absurdo isso que até se negam a discutir esses assuntos. E é mau isso”, diz.
Afirma que “há muitas pessoas, algumas das quais por motivos ideológicos, outras com má intenção mesmo, dão explicações bem simplificadas contra as vacinas, que até parecem ter certa lógica para quem não entende nada de medicina”.
É o resultado, segundo ele, é que acaba havendo maior espaço para pseudociência e teorias da conspiração de que médicos estão mancomunados com a indústria farmacêutica.
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