No já ordinário culto evangélico das quartas-feiras na Câmara dos Deputados — que ocorre sendo o Estado laico — ocorrido nesta quarta-feira (10 de julho de 2019) o presidente Jair Bolsonaro afirmou que dos dois ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que terá direito a indicar "um deles será terrivelmente evangélico". O problema com as declarações do presidente Bolsonaro — propositadamente ou por desconhecimento — é a ambiguidade.
Mas ele tenta explicar: “Muitos tentam nos deixar de lado dizendo que o estado é laico. O estado é laico, mas nós somos cristãos” — disse o presidente, cercado por um séquito de homens que o aplaudem naquele “Clube do Bolinha” de caráter evangélico reunido às quartas feiras na Câmara dos Deputados.
Continuando, recorre à anterior declaração da pastora Damares Alves, Ministra de Estado da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. “Ou para plagiar a minha querida Damares. Nós somos terrivelmente cristãos. E esse espírito deve estar presente em todos os poderes. Por isso, o meu compromisso: eu poderei indicar dois ministros para o Supremo Tribunal Federal. Um deles será terrivelmente evangélico".
A ambiguidade reside no significado de terrível, esse dúbio termo de dois gêneros da língua portuguesa. Enquanto adjetivo (modificador de um substantivo), terrível pode ser assustador, que infunde terror, impiedoso, implacável, invencível. E o presidente talvez lide com essas acepções — embora não se saiba se essas sejam qualidades desejáveis num juiz do STF. Todavia terrível também pode significar funesto, péssimo, fastidioso, violento, insuportável. Como advérbio (modificador de um verbo, de um adjetivo ou de outro advérbio) de modo, terrivelmente tem os mesmos significados.
O tempo dirá qual conotação está a evocar o presidente Jair Bolsonaro.
Com informação da TV Câmara e outras fontes
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Mas ele tenta explicar: “Muitos tentam nos deixar de lado dizendo que o estado é laico. O estado é laico, mas nós somos cristãos” — disse o presidente, cercado por um séquito de homens que o aplaudem naquele “Clube do Bolinha” de caráter evangélico reunido às quartas feiras na Câmara dos Deputados.
Continuando, recorre à anterior declaração da pastora Damares Alves, Ministra de Estado da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. “Ou para plagiar a minha querida Damares. Nós somos terrivelmente cristãos. E esse espírito deve estar presente em todos os poderes. Por isso, o meu compromisso: eu poderei indicar dois ministros para o Supremo Tribunal Federal. Um deles será terrivelmente evangélico".
A ambiguidade reside no significado de terrível, esse dúbio termo de dois gêneros da língua portuguesa. Enquanto adjetivo (modificador de um substantivo), terrível pode ser assustador, que infunde terror, impiedoso, implacável, invencível. E o presidente talvez lide com essas acepções — embora não se saiba se essas sejam qualidades desejáveis num juiz do STF. Todavia terrível também pode significar funesto, péssimo, fastidioso, violento, insuportável. Como advérbio (modificador de um verbo, de um adjetivo ou de outro advérbio) de modo, terrivelmente tem os mesmos significados.
O tempo dirá qual conotação está a evocar o presidente Jair Bolsonaro.
Com informação da TV Câmara e outras fontes
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