“O Brasil caminha a passos largos para ser o segundo país mais criacionista do planeta. O primeiro é os Estados Unidos.” A afirmação é do cientista Walter Neves, paleoantropólogo brasileiro, hoje aposentado da USP, mas ainda na ativa em escavações em busca de fósseis humanos.
O cientista acredita que não se deve polemizar com os criacionistas. “Quando se polemiza, a gente legitima a opinião dessas pessoas criacionistas sobre um assunto que de eles não entendem nada”. Segundo ele, essa é posição capitaneada, na comunidade científica mundial, pelo biólogo evolutivo Richard Dawkins.
Mineiro, nascido em em Três Pontas, Neves tem formação como biólogo evolutivo, arqueólogo, antropólogo sócio-cultural e paleoantropologia. É fundador do Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos da Universidade de São Paulo.
Acho que optar por uma interpretação da vida pelo viés religioso ou pelo viés científico é uma questão e uma decisão de foro íntimo. Até porque somos uma espécie que vive em termos de significado.
Então, quando você perde a pessoa mais querida da sua vida ou se você for diagnosticado com uma doença terminal,você não vai rezar para Darwin. Você não vai lembrar se Seleção Natural, o que vai querer é conforto para a sua alma. E é isso que se busca na religião. Por isso, é de foro íntimo
Agora, tem uma coisa que me preocupa hoje. Eu acho que as pessoas tem que tomar essa decisão bem informadas. E acho que o Estado brasileiro, a academia e as instituições brasileiras não estão fazendo absolutamente nada para colocar à disposição da população o que a gente conhece sobre evolução humana para a população conhecer.
Essa decisão íntima tem de ser informada, e nós não estamos fazendo e esse país caminha a passos largos para ser o segundo país mais criacionista do planeta.
Está na hora de a gente (cientistas) ir ao público em geral e apresentar suas informações sobre evolução, para que as pessoas possam fazer sua escolha bem informadas.
Com Canal da USP
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O cientista acredita que não se deve polemizar com os criacionistas. “Quando se polemiza, a gente legitima a opinião dessas pessoas criacionistas sobre um assunto que de eles não entendem nada”. Segundo ele, essa é posição capitaneada, na comunidade científica mundial, pelo biólogo evolutivo Richard Dawkins.
Mineiro, nascido em em Três Pontas, Neves tem formação como biólogo evolutivo, arqueólogo, antropólogo sócio-cultural e paleoantropologia. É fundador do Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos da Universidade de São Paulo.
Decisão com boa informação
Então, quando você perde a pessoa mais querida da sua vida ou se você for diagnosticado com uma doença terminal,você não vai rezar para Darwin. Você não vai lembrar se Seleção Natural, o que vai querer é conforto para a sua alma. E é isso que se busca na religião. Por isso, é de foro íntimo
Agora, tem uma coisa que me preocupa hoje. Eu acho que as pessoas tem que tomar essa decisão bem informadas. E acho que o Estado brasileiro, a academia e as instituições brasileiras não estão fazendo absolutamente nada para colocar à disposição da população o que a gente conhece sobre evolução humana para a população conhecer.
Essa decisão íntima tem de ser informada, e nós não estamos fazendo e esse país caminha a passos largos para ser o segundo país mais criacionista do planeta.
Está na hora de a gente (cientistas) ir ao público em geral e apresentar suas informações sobre evolução, para que as pessoas possam fazer sua escolha bem informadas.
Com Canal da USP
Explicar origem da vida com a religião é ridículo, diz Dawkins
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Comentários
- a presença, na fase inicial do feto humano, de vestígios de guelras, cauda e pelugem, o que indica nossa descendência remota de outras espécies; (1)
- a semelhança entre os embriões – dos mamíferos, aves, répteis e peixes – o que indica uma mesma origem; (1)
- as diferenças da espécie humana – brancos, negros e amarelos – como resultado de mutações genéticas favoráveis à vida desses tipos humanos em seus ambientes;
- a existência de órgãos sem função, como o apêndice no homem; asas em aves que não voam; olhos em peixes submarinos que não enxergam, o que exclui a ideia de um Projetista Inteligente. O atrofiamento desses órgãos, por sucessivas alterações genéticas, ocorreu porque se tornaram desnecessários em novo ambiente ou situação; (1)
- a maior resistência ou imunidade dos povos das regiões tropicais em relação às doenças tropicais;
- a existência do gene ou DNA – que está presente em todo ser vivo, inclusive nos vírus, que são vida incompleta; (2)
- a presença de DNA sem função definida, em cada célula, o que desmente um projeto inteligente; (2)
- a mutação das bactérias e vírus – que se tornam resistentes aos antibióticos e antiviróticos - quando as novas gerações de bactérias e virus sofrem alterações genéticas (propulsoras da evolução);
- a extinção, por inadaptação, de mais de 90% das espécies que já viveram na Terra, o que exclui mais uma vez a ideia de um Projetista Inteligente; (1)
- a seleção doméstica de animais – que gerou muitas variedades dentro das espécies – como por exemplo entre os cães, todos vindos de tipos selvagens anteriores;
- a seleção de plantas – flores, cereais, frutas, etc;
- as semelhanças e diferenças de animais comuns a ilhas e continentes, em casos em que a ilha era anteriormente ligada ao continente. As semelhanças indicam que os animais têm origem num mesmo lugar; e as diferenças resultam de sua evolução nos dois ambientes - na ilha e no continente.
- a peculiaridade de animas em ilhas isoladas, como por exemplo na Austrália, Madagascar e outras, cujas espécies são completamente distintas das espécies de outras regiões da Terra.
Notas - argumentos posteriores a Darwin :
1. Carta a Uma Nação Cristã, Sam Harris, Companhia das Letras-2007;
2. DNA: O Segredo da Vida, James Watson – com Andrew Berry – Companhia das Letras-2005.
Se os seres vivos atuais não tivessem se adaptado a seus ambientes, através de sucessivas mutações, eles teriam sucumbido às diversas modificações ambientais ocorridas ao longo de milhões de anos, conforme ocorreu com a maior parte das espécies.
Claro, quanto mais complexo maior o "tempo de fabricação", ainda mais com tamanhos estupidamente maiores. Comparação sem nexo entre bactéria e ser humano.
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