As igrejas fazem o 'milagre' de dobrar a sua arrecadação mesmo com a existência de mais de 10 milhões de desempregados |
Em oito anos, a arrecadação das igrejas quase que dobrou.
Em 2006, em dízimo, doações e outras formas de renda, como aplicações financeiras, as igrejas obtiveram R$ 13,3 bilhões.
Em 2013, o montante subiu para R$ 24,2 bilhões e esse valor corrigido pela inflação chega em 2019 a quase R$ 32 bilhões.
As informações são da Folha de S.Paulo, que obteve os dados da Receita Federal por intermédio da Lei de Acesso à Informação.
De acordo com o jornal, o valor total da arrecadação equivale à do benefício assistencial pago a idoso carente e pessoas com deficiência.
Por dia, as igrejas obtêm em média R$ 88 milhões.
O aumento substancial da arrecadação se deve, em parte, à criação de novas igrejas.
Em 2006, o Brasil tinham 10 mil, aumentando para 25 mil em 2018, sem contar os templos que se instalam irregularmente, sem registros oficiais que impedem que sejam rastreadas.
Em abril de 2019, Marcos Cintra, secretário da Receita, falou sobre a proposta de os fiéis pagaram impostos sobre dízimo.
A reação das lideranças evangélicas foi tão contundente, que, na época, houve a especulação de que Marcos Cintra seria demitido sumariamente pelo presidente Bolsonaro, que é um católico que se comporta como um evangélico fundamentalista.
Apesar da continuidade da crise econômica e das dificuldades financeiras de algumas igrejas, como a Mundial e da Vitória em Cristo, as perspectivas são as melhores possíveis para o setor.
Bolsonaro tem prometido simplificar ainda mais o registro de novas igrejas e a burocracia de prestação de contas, consolidando os benefícios existentes e concedendo outros, como perdão para multas em atividades com desvio de finalidade, como as que visam o lucros.
Com informação da Folha de S.Paulo e de outras fontes.
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