Bolsonaro na Marcha de Jesus em São Paulo: um presidente católico que na prática é terrivelmente evangélico |
para Jovem Pan
Em oito meses à frente da Presidência da República, Jair Bolsonaro dedicou praticamente toda a sua agenda de encontros com religiosos a grupos evangélicos. No período, ele participou de pelo menos 30 eventos organizados por lideranças relacionadas ao bloco.
Se contados os encontros com parlamentares ligados à bancada evangélica no Congresso, Bolsonaro reservou, no total, 38 datas de sua agenda para as lideranças do grupo. Em comparação, o presidente só participou de dois eventos da Igreja Católica, à qual diz pertencer, e um jantar organizado por muçulmanos no ano.
O levantamento foi feito pela Jovem Pan com base nos informativos da agenda oficial do presidente no site do Palácio do Planalto.
Quase todas as grandes denominações evangélicas do país, como Assembleia de Deus, Universal do Reino de Deus e Internacional da Graça de Deus tiveram seus líderes recebidos pelo presidente no primeiro semestre. Ele também participou de cultos em igrejas e foi a duas edições da Marcha Para Jesus, em São Paulo e em Brasília.
Em julho, Bolsonaro chegou a comparecer duas vezes em três dias ao evento “Conquistando pelos olhos da Fé”, realizado pela Igreja Sara a Nossa Terra. O presidente abriu o congresso na sexta, 19, e voltou no domingo, 21.
Um dos privilegiados na agenda do presidente foi o Missionário R.R. Soares, fundador e líder da Igreja Internacional da Graça de Deus. O pastor foi por três vezes ao Palácio do Planalto: em março, junho e agosto.
Soares chegou a ser beneficiado pelo Ministério das Relações Exteriores com um passaporte diplomático dias antes do segundo encontro com o Bolsonaro, mas acabou tendo o documento especial cassado pela Justiça de São Paulo.
Fervoroso defensor do presidente nas redes sociais, o pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, também participou de dois eventos com ele em Brasília. O último aconteceu no dia 7 deste mês, quando o chefe do Executivo prometeu a diversos pastores, entre eles R.R. Soares, que não criaria impostos para igrejas.
Foi durante reuniões com pastores que o presidente cogitou, por duas vezes, indicar um ministro protestante à próxima vaga aberta no Supremo Tribunal Federal. Em julho, em uma homenagem à Universal na Câmara dos Deputados, ele chegou a dizer que o nomeado seria “terrivelmente evangélico”.
Dias depois, ele usou a mesma expressão para se referir ao Advogado Geral da União, André Mendonça, membro da Igreja Presbiteriana. Em entrevista ao jornal O Globo, no entanto, o AGU negou ter interesse no Supremo. “Não estou buscando cargo”, disse.
Entre os deputados da bancada evangélica que mais tiveram espaço com o presidente está o pastor Marco Feliciano (Podemos-SP). Segundo o site do Planalto, ele esteve em ao menos 7 encontros com Bolsonaro.
O capitão reformado ainda está previsto para abrir a 15° Expo Cristã, evento do setor gospel que reúne artistas, gravadoras, editoras e empresas do mundo evangélico. A feira acontecerá em outubro, em São Paulo.
O levantamento foi feito pela Jovem Pan com base nos informativos da agenda oficial do presidente no site do Palácio do Planalto.
Quase todas as grandes denominações evangélicas do país, como Assembleia de Deus, Universal do Reino de Deus e Internacional da Graça de Deus tiveram seus líderes recebidos pelo presidente no primeiro semestre. Ele também participou de cultos em igrejas e foi a duas edições da Marcha Para Jesus, em São Paulo e em Brasília.
Em julho, Bolsonaro chegou a comparecer duas vezes em três dias ao evento “Conquistando pelos olhos da Fé”, realizado pela Igreja Sara a Nossa Terra. O presidente abriu o congresso na sexta, 19, e voltou no domingo, 21.
Um dos privilegiados na agenda do presidente foi o Missionário R.R. Soares, fundador e líder da Igreja Internacional da Graça de Deus. O pastor foi por três vezes ao Palácio do Planalto: em março, junho e agosto.
Soares chegou a ser beneficiado pelo Ministério das Relações Exteriores com um passaporte diplomático dias antes do segundo encontro com o Bolsonaro, mas acabou tendo o documento especial cassado pela Justiça de São Paulo.
Fervoroso defensor do presidente nas redes sociais, o pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, também participou de dois eventos com ele em Brasília. O último aconteceu no dia 7 deste mês, quando o chefe do Executivo prometeu a diversos pastores, entre eles R.R. Soares, que não criaria impostos para igrejas.
Foi durante reuniões com pastores que o presidente cogitou, por duas vezes, indicar um ministro protestante à próxima vaga aberta no Supremo Tribunal Federal. Em julho, em uma homenagem à Universal na Câmara dos Deputados, ele chegou a dizer que o nomeado seria “terrivelmente evangélico”.
Dias depois, ele usou a mesma expressão para se referir ao Advogado Geral da União, André Mendonça, membro da Igreja Presbiteriana. Em entrevista ao jornal O Globo, no entanto, o AGU negou ter interesse no Supremo. “Não estou buscando cargo”, disse.
Entre os deputados da bancada evangélica que mais tiveram espaço com o presidente está o pastor Marco Feliciano (Podemos-SP). Segundo o site do Planalto, ele esteve em ao menos 7 encontros com Bolsonaro.
O capitão reformado ainda está previsto para abrir a 15° Expo Cristã, evento do setor gospel que reúne artistas, gravadoras, editoras e empresas do mundo evangélico. A feira acontecerá em outubro, em São Paulo.
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